I de Inhame
É um tubérculo pouco conhecido em Portugal, que acaba muitas vezes por ser confundido com a batata-doce. O inhame foi considerado em tempos, comida dos escravos e pobres na Ilha de São Jorge onde na época se desconhecia a sua riqueza nutricional, porém hoje em dia é produzido e bastante consumido nos Arquipélagos da Madeira e dos Açores.
De acordo com a FAO, a produção global de inhame atingiu no ano de 2000 cerca de 37,5 milhões de toneladas. A África tropical contribui com 96% desta produção. Quanto ao consumo, destacam-se o Japão e os Estados Unidos, que fizeram aproximadamente 80% das importações.
O inhame é um substituto da batata “tradicional”, que apresenta cerca de 114 Kcal por 100g. Possui teores expressivos de minerais como o potássio, fósforo, cálcio e magnésio, é rico em hidratos de carbono, e também em Pró-vitamina A e carotenos.
Apresenta benefícios nutricionais:
- na redução de dores menstruais e sintomas de menopausa porque possui diosgenina é uma substância com uma estrutura similar aos estrogénios humanos,
- no combate aos radicais livres dado o seu teor em antioxidantes;
- no controlo da pressão arterial pelo teor de potássio;
- dado o ter um índice glicémico baixo, o que representa uma vantagem, pois não provoca “picos de açúcar no sangue”.
O inhame só é comestível após cozedura prolongada devido aos seus anti-nutrientes, que diminuem o seu valor nutritivo e provocam toxicidade.
Serviço de Nutrição Solinca
Bibliografia
PortFir. (26 de 05 de 2020). Obtido de PortFir Insa: http://portfir.insa.pt/foodcomp/food?18481
Renata Cunha dos Reis, D. P. (Dezembro de 2010). PROPRIEDADES FÍSICAS DO TUBÉRCULO E PROPRIEDADES QUÍMICAS E FUNCIONAIS DO AMIDO DE INHAME (Dioscorea sp.) CULTIVAR SÃO BENTO. pp. 71-88.
Pereira, António dos Santos. A Ilha de São Jorge (séculos XV-XVIII): contribuição para o seu estudo. Ponta Delgada (Açores): Universidade dos Açores, 1987. 628p. mapas, tabelas, gráficos.