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Como reaproveitar alimentos

Como pode reaproveitar alimentos?

Nesta altura em que nos encontramos, mas também todo o ano é fundamental procurarmos formas de combater o desperdício alimentar, reinventarmos outras formas de consumirmos os alimentos e tirarmos o máximo partido de potencialidades nutritivas. Como podemos afinal reaproveitar alimentos evitando o desperdício alimentar?   O reaproveitamento alimentar é uma das principais formas de potenciar a qualidade nutricional dos alimentos, visto que é em grande parte dos talos, folhas, cascas e sementes destes alimentos que se encontram as mais diversas vitaminas, minerais e fibra presentes.   De facto, o maior desperdício alimentar advém dos alimentos como as frutas e hortaliças, sendo que cada vez mais deparamo-nos com casos de desnutrição em certas regiões ou países. (1)   Segundo dados das Organização das Nações Unidades para Alimentação e Agricultura, (FAO) aproximadamente 1/3 da produção mundial alimentar é desperdiçada, sendo que esse desperdício seria capaz de alimentar todas as populações que se encontram em vias de fome ou desnutridas no mundo. Estes dados apontam que o país que existe maior desperdício alimentar é o Brasil, com cerca de 128kg de comida desperdiçada todos os anos por família. (2,3)    Alimentos como o abacate (31%), o abacaxi (24%), laranja (22%) a banana (40%), papaya (30%) e manga (27%) são um breve exemplo de alimentos que contêm maior teor nutritivo do que aquele que verdadeiramente é consumido, sendo o desperdício nutricional muito elevado. Estes inclusive apresentam vitamina A, C, eletrólitos, antioxidantes e fibras capazes de prevenir doenças crónicas como a obesidade. (4)   Também os talos e as folhas podem conter maior valor nutricional que a própria parte consumível do alimento, por exemplo, as folhas verdes da couve-flor contêm maior teor em ferro que a própria couve-flor. Alimentos como as sementes de abóbora, talo de couve, brócolo e espinafre são ricos em lípidos e fibra. Num breve estudo científico com comparações alimentícias verifica-se que existe maior teor de lípidos em sementes de morangos (2,27%) do que em talos de espinafre ou beterraba (0,003%). Em todo o caso, todos eles são valores baixos de lípidos. Da mesma forma, ao analisar os hidratos de carbono percebe-se que a casca de laranja apresenta maior quantidade de açúcar (17,96%), do que a casca de melão (15,57%) e da casca de morango (14,98%). Relativamente ao nível de proteína, percebe-se que a casca de banana apresenta menor teor de proteína (0,51%) do que quando comparada com as sementes de melão. Em farinhas de talo de couve e espinafre encontram-se valores inferiores de proteína. (5)   Os alimentos que são desperdiçados podem ser aproveitados em chás ou infusões como é o caso das cascas de limão, em sopas como é o caso das cascas de laranja, em sobremesas como é o caso da casca de banana, em saladas como é o caso das sementes de papaya e romã, assim como batidos ou sumos naturais se aproveitam como talo de brócolo, talos de alface para sopas, estufados, panquecas entre outras sugestões diferentes e altamente nutritivas. Por exemplo um cheesecake light de morango em que existe aproveitamento das folhas ou muffins de cascas de chuchu como pré-treino. (1,2,3)   1 – MCWILLIAMS M.; Alimentos um guia completo para profissionais – Editora Manole, 10°ed., 2016. 2 – OLIVEIRA F.L.; NASCIMENTO M.R.F.; BORGES S. V.; RIBEIRO P.C.N.;RUBACK V.R. Aproveitamento Alternativo da Casca do Maracujá (passiflora edulis F.FLAVICARPA) para produção de Doce em Calda. Ciência Tecnologia Alimentos. 22(3): 259-262. 2002. 3 – PORPINO G.; LOURENÇO C. E.; ARAÚJO C. M.; BASTOS A.; 2018. Intercâmbio Brasil – União Europeia sobre desperdício de alimentos. Relatório final de pesquisa. Brasília: Diálogos Setoriais União Europeia. 4 – EMBRAPA (EMPRESA BRASILEIRA DE PESUISA AGROPECUÁRIA). O papel dos bancos de alimentos na redução do desperdício de alimentos. Set, 2007. 5 – AJILA, C.M. et al. Improvement of dietary fiber content and antioxidant properties in soft dough biscuits with the incorporation of mango peel powder. Journal of Cereal Science, v.48, p.319- 326, 2008.   Nutricionista Fábio Nunes (3437N)

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beneficios sistema imunitario

Benefícios para o Sistema Imunitário com a prática de Exercício Físico.

Ultimamente a população tem sido ‘’bombardeada’’ com informações acerca de como prevenir a pandemia do COVID-19. Recomendações como lavar as mãos como frequência, espirrar para o lenço/cotovelo ou mesmo até o isolamento social, são todas medidas preventivas que podemos e devemos adotar. Porém, até ser produzida uma vacina que seja eficaz, ao estar em contacto com uma pessoa infetada com o COVID-19, a nossa melhor defesa será o nosso sistema imunitário.   Uma das melhores formas de melhorar o sistema imunitário é a pratica de exercício físico. Estudos indicam que a prática der exercício físico moderado 150 minutos por semana, ou, 75 minutos de exercício físico intenso por semana têm um impacto direto na melhoria do nosso sistema imunológico.   Para além disso, ao exercitarmos o corpo aumentamos a temperatura corporal bem como a velocidade do nosso ciclo respiratório, factos que ajudam a eliminar bactérias e/ou vírus que estejam alojados nas nossas vias aéreas.   O exercício físico tem um impacto direto na produção de anticorpos e de glóbulos brancos. Estes últimos são os responsáveis por dar uma resposta rápida e eficaz para quando o nosso corpo está perante um corpo estranho.   A prática de exercício físico, seja moderada ou intensa, associada a uma alimentação equilibrada e ao descanso regrado são a chave para um sistema imunológico fortalecido. Pode não ser a ‘’cura’’ para o COVID-19 bem como para outras doenças, mas faz com que o nosso corpo consiga reagir de forma mais rápida e eficaz quando na presença de uma ameaça.

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controlar peso treinando menos

Como controlar o peso treinando menos?

Está em casa e preocupado em como vai manter o peso, uma vez que tem de alterar a sua rotina de treino? Não desespere já… Estar em casa, e por isso mais sedentário não é necessariamente sinónimo de aumento de peso. No entanto, recomendamos que adapte a sua alimentação às novas circunstâncias. Começando pelos conceitos básicos: só aumentamos de peso (engordamos) quando temos uma ingestão calórica superior ao gasto energético. Noutras palavras, engordamos quando comemos mais do que o que gastamos. Assumindo que estar em casa representa menos intensidade na atividade física significa que vamos gastar menos energia, logo a regra é: temos de consumir menos energia porque não gastamos tanto. Tem o carro parado na garagem, certo? Então também não terá de encher tanto o depósito… se conseguir cumprir isto então tem o essencial para manter o peso equilibrado.   Por outro lado, como reduzir o consumo calórico? Tenha especial atenção ao consumo de hidratos de carbono, são o nosso combustível primordial e não vamos precisar assim tando dele. Não precisa de eliminar, mas reduza as porções de arroz, massa, batatas, pão, bolachas, tostas, cereais, etc. Pode manter, ou até aumentar ligeiramente o consumo de proteína (iogurtes proteicos, queijo, ovos, proteína whey…) pois vai conferir-lhe maior sensação de saciedade. Tenha cuidado com todas as fontes de gordura e reduza ao mínimo necessário o seu consumo, desde o azeite utilizado na confeção dos alimentos até às manteigas de amendoim e aos frutos secos dos lanches. São gorduras saudáveis, mas igualmente muito calóricas.   Por último, mas não menos importante, atenção a todos os snacks entre refeições. Um dos maiores desafios de estar em casa é a facilidade de acesso a determinados alimentos e a vontade que surge em alguns momentos de “trincar alguma coisa”. O ideal é mesmo não ter em casa biscoitos, bolachas, chocolates… por isso quando fizer a sua lista de compras para os próximos dias inclua apenas aquilo que realmente precisa e que habitualmente consta do seu plano alimentar.   Se dúvidas ainda houver, questione o seu Nutricionista sobre que alterações deve fazer ao seu plano alimentar nos próximos tempos. Ainda assim tente sempre ao máximo manter-se ativo em casa, não se renda ao sofá, vá adaptando o treino às novas circunstâncias, seguindo as dicas e orientações do seu clube!

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