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STRESS O impacto na alimentacao e no trabalho

STRESS – O impacto na alimentação e no trabalho

O stress é definido como a perceção individual de que as exigências do ambiente envolvente excedem os seus recursos e capacidades. Assim, o organismo reage ao stress através de uma resposta fisiológica e comportamental, provocando uma sensação de ameaça e perturbando o equilíbrio homeostático e comportamental. O aumento de stress pode ser causado por variados fatores, tais como familiares, profissionais e individuais, por exemplo, sedentarismo e privação do sono. A resposta do organismo ao stress é explicada por uma cascata de reações. O aumento de stress leva à ativação do sistema nervoso simpático que, por sua vez causa uma reação de fuga ou luta e aumenta a libertação do cortisol. Por sua vez, os valores elevados de cortisol alteram o equilíbrio dos mecanismos de regulação do apetite, podendo levar a um aumento ou diminuição do apetite. É de notar que esta alteração homeostática pode ser ultrapassada por mecanismos de indução de prazer, como a ingestão alimentar. Esta, em conjunto com o aumento do apetite, pode levar a uma ingestão alimentar excessiva, sendo utilizada como coping mechanism. A alteração na regulação do apetite deve-se à alteração das hormonas responsáveis pela sensação de fome e saciedade. Entre as hormonas mais relevantes é possível destacar a grelina (promove a sensação de apetite), a leptina (promove a sensação de saciedade), a colecistoquinina (promove a sensação de saciedade e atrasa o esvaziamento gástrico) e a GLP-1 (promove a sensação de saciedade e estimula a secreção de insulina). É de salientar que a existência de obesidade atrasa a diminuição da grelina após a refeição e aumenta a resistência à leptina, ou seja, a sensação de fome é mantida durante mais tempo, mesmo após a refeição. Deste modo, devido à influência a nível hormonal, o stress pode aumentar ou diminuir o apetite e, consequentemente, a ingestão alimentar. Geralmente, o aumento de stress leva a um aumento progressivo da ingestão alimentar, no entanto, quando o nível de stress se torna demasiado excessivo, a ingestão diminui. Esta alteração é verificada tanto em indivíduos com excesso de peso como em eutrofia. A ingestão alimentar promovida pelo stress aumenta a preferência por alimentos com elevado teor lípido e de açúcar, no entanto, quanto maior a literacia do indivíduo, menor a probabilidade de ingerir alimentos menos saudáveis. Adicionalmente, os episódios de compulsão alimentar derivados do stress podem provocar sentimentos de culpa, aumentando ainda mais o stress e, consequentemente, a ingestão alimentar, criando um ciclo. O stress pode provocar problemas de saúde. Quando este é crónico, existe uma maior probabilidade de desenvolver alterações do comportamento alimentar. Por sua vez, em casos de stress agudo, há uma elevada probabilidade de ocorrer um aumento da ingestão alimentar e, consequentemente, da incidência de excesso de peso. Para além da alimentação, o stress também pode ter impactos negativos na produtividade no trabalho. Esta é definida como o resultado da qualidade e quantidade de trabalho efetuada, de acordo com as responsabilidades individuais e depende diretamente da motivação e competência profissional. O stress pode ser útil para promover a motivação, no entanto, se as expectativas forem demasiado elevadas o stress torna-se contraproducente e resulta numa diminuição da produtividade. Em suma, o stress pode ser benéfico, mas é fundamental que este se mantenha em níveis saudáveis, de modo a não impactar negativamente a saúde e a performance profissional. Beatriz Boavida (C.P. 4002NE) Nutricionista Estagiária Solinca Classic Referências Bibliográficas Clause-Walford D. Acute Psychological Stress and Food Intake in Humans : A Scoping Review A Thesis Submitted to the Faculty of Graduate Studies and Research In Partial Fulfillment of the Requirements For the Degree of Master of Science In Kinesiology and Health Studies Uni. Univ Regina. 2021;(June). Hasanah U. Negative Work Psychology Perspective and Work Environment on Performance. PRODUKTIF J Kepegawai dan Organ. 2022;1(1):19–27. Roijendijk N, Second NB, Hermans M. Stress-induced food intake : The effect of mental health-related psychological distress on food intake in the context of acute stress . Radboud Univ Nijmegen. 2022.

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RECEITA DE BOLACHAS DE AVEIA E CHOCOLATE

RECEITA DE BOLACHAS DE AVEIA E CHOCOLATE

 Ingredientes 2 bananas 150g flocos de aveia 20g chocolate negro picado grosseiramente Preparação Pré-aquecer o forno a 180ºC; Com um garfo, esmagar as bananas; Juntar os flocos de aveia e o chocolate picado; Envolver muito bem com o garfo; Moldar as bolachas e colocar num tabuleiro; Levar ao forno durante 15-20 min.   Informação Nutricional (total) Energia Proteína Hidratos de Carbono Açúcares Gordura Gordura Saturada Sal 919 kcal 26 g 167 g 72 g 16 g 6 g 0 g   Informação Nutricional (porção) Energia Proteína Hidratos de Carbono Açúcares Gordura Gordura Saturada Sal 31 kcal 0,9 g 6 g 2,4 g 0,5 g 0,2 g 0 g Serviço de Nutrição Solinca

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Exercicio Fisico e qualidade do sono

Exercício Físico e qualidade do sono

Quando a questão reside nos hábitos de vida saudáveis, não são apenas mencionados a boa alimentação ou os níveis de atividade física. Para que seja possível ter um bom desempenho em todo o seu raio de ação (tanto a nível físico como cognitivo), é importante que o ser humano consiga tirar o máximo partido de uma boa noite de descanso. Embora muitas vezes se negligencie esta parte, uma noite bem dormida deveria ser prioritário para quem ambiciona manter uma saúde física e mental exemplar. Noites mal dormidas, além de reduzirem a concentração e a produtividade, contribuem para uma maior instabilidade emocional, estados depressivos, irritabilidade e aumentam a probabilidade de cometer erros ou tomar más decisões. Contudo, hoje em dia, graças a diversos fatores a que as populações estão sujeitas (contexto socioeconómicos, stress, rotina, etc.), tem-se verificado que a qualidade do sono tem vindo a diminuir havendo uma crescente procura de ajuda com vista a contornar esta questão (medicina e outras terapias alternativas). Quando procuramos perceber quais as consequências do exercício físico sobre o sono, o que a literatura nos diz é: Pessoas ativas, não só adormecem mais rápido como dormem melhor e conseguem ver a sensação de cansaço reduzida no dia seguinte (Mello et al., 2000). O sono de um “atleta” é mais relaxante e profundo, acordando poucas ou nenhumas vezes durante a noite. Os níveis de sonolência durante o dia são substancialmente inferiores. Quando relatamos um sedentário, todos os campos mencionados são prejudicados e o sono mais atribulado (Driver e Taylor, 2000). Apesar do número total de horas dormidas (7 horas, em média) poder ser idêntico, quer em pessoas sedentários quer em pessoas fisicamente ativas, a qualidade do sono das pessoas fisicamente ativas é substancialmente superior à qualidade do sono das pessoas sedentárias (havendo maior incidência de insónia e apneia de sono, justificando uma maior utilização de fármacos) (Eastman et al., 1995). O reconhecimento da efetividade da atividade física no combate das insónias já é sabido. São libertadas endorfinas que ajudam a relaxar e a diminuir a ansiedade (uma das principais causas de insónia) permitindo que a pessoa consiga “desligar-se” de forma gradual. Portanto, se nos “mexermos”, dormimos melhor! No entanto, se dorme mal e procura encontrar na atividade física uma “cura saudável” para as noites mal dormidas, é importante seguir algumas recomendações: Caso se trate de uma pessoa sedentária, a intensidade dos exercícios deverá ser ajustada em função da condição física individual. Alguns autoresdefendem que atividades físicas intensas devem ser evitadas, principalmente, ao fim do dia dado que são despertados mecanismos de produção de hormonas que estimulam o sistema nervoso aumentando o estado de alerta, atribulando o adormecer. Outros autores, seguindo novas linhas orientadoras, vieram reforçar que, mediante a experiência e condição física da pessoa, atividades físicas intensas podem e devem constar do “cardápio” de treino (Youngstedt et al.,1999). Os benefícios são mútuos. Se praticar exercício ajuda a melhorar a qualidade do sono também dormir bem ajuda a melhorar o rendimento físico. Os níveis de energia mantêm-se estáveis ao longo do dia permitindo que os níveis de motivação não sejam prejudicados. É também durante o sono que é produzida a hormona de crescimento, fundamental para desenvolver e tonificar os músculos, evitar acumulações de gordura e combater patologias como osteoporose. Por outro lado, regenera-se o cérebro e o metabolismo como se fosse feita uma “limpeza” das toxinas geradas pelas atividades extenuantes realizadas durante o dia. Por isso, as nossas recomendações são: mantenha-se ativo! Mantenha-se saudável!

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