Impacto do Exercício Físico na Pessoa com Alzheimer

Impacto do Exercicio Fisico na Pessoa com Alzheimer

Nos dias de hoje, são realizadas diversas pesquisas para entender até onde o exercício físico pode influenciar positivamente a vida da população. Para destacar a importância do exercício físico na nossa sociedade, este artigo relaciona o exercício físico com a doença de Alzheimer e verifica os benefícios associados.

O exercício físico consiste em uma atividade física estruturada, planejada e repetitiva, com o objetivo de melhorar ou manter a aptidão física, abrangendo diversas componentes. Já a doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que causa uma deterioração progressiva e irreversível de várias funções cognitivas, como memória, fala, concentração, atenção e raciocínio. Esta doença pode se manifestar de duas formas: esporádica, geralmente em adultos com mais de 65 anos, e familiar, transmitida geneticamente de geração em geração.

Em 2017, um estudo foi realizado para avaliar a influência do exercício aeróbico em indivíduos com Alzheimer ou Demência. Foram coletados dados de 76 participantes ao longo de seis meses. Durante essa intervenção, uma parte dos participantes realizou 150 minutos semanais de exercício aeróbico de intensidade moderada, enquanto os demais fizeram alongamentos, exercícios de memória, função executiva e capacidade funcional. Os resultados sugerem que o exercício aeróbico melhorou a capacidade funcional, aumentou a aptidão cardiorrespiratória, melhorou o desempenho da memória e aumentou o volume do hipocampo.

A importância de verificar a influência do exercício físico no Alzheimer e em outras doenças neurodegenerativas é enorme. Em 2017, um relatório situou Portugal na quarta posição entre os países com o maior número de casos de demência por mil habitantes. A tendência é que esses números aumentem devido ao envelhecimento da população. O impacto do exercício físico neste contexto é notório, destacando benefícios como a melhoria do desempenho da memória, graças à aptidão cardiorrespiratória, e a melhoria da capacidade neural na fase inicial da doença, decorrente da prática de exercícios.

Conclusão

O exercício físico revela-se um aliado crucial na luta contra a progressão do Alzheimer, oferecendo melhorias significativas na qualidade de vida dos indivíduos afetados. É fundamental continuar a promover a prática regular de atividades físicas como parte das estratégias de saúde pública, especialmente em uma população que envelhece rapidamente.

FI Luís Gomes, Solinca de Oeiras

Bibliografia

https://alzheimerportugal.org/

ACSM. Diretrizes do ACSM.

Morris et al., (2017). PloS one, 12(2), e0170547