K de Kombu

kombu

As algas são uma espécie de “vegetais do mar” exploradas há séculos como alimento, e que atualmente devido à globalização da gastronomia Asiática e há sua riqueza nutricional, principalmente no que toca a minerais, se tornaram populares. Portugal apesar de ser um país com uma zona costeira extensa, ainda não tem muito o hábito de consumo de algas, porém na zona do Minho a sua apanha é comum para utilizar como fertilizante na agricultura.

Existem variadíssimas espécies de algas que são utilizadas na alimentação, mas centremo-nos na “Kombu”, nome comercial que designa a espécie Laminaria digitate, ou “Kombu” doce / “Kombu” real que designa a espécie Laminaria saccharina.

 A alga Kombu apesar de ser nativa dos mares do Japão, sendo cultivada na Coreia e na China, está também presente no Atlântico Norte, desde a Noruega até ao Norte de Portugal (Viana do Castelo).

Apresenta uma consistência carnosa, sendo utilizada na cozinha para conferir sabor, “amaciar”, evitar a flatulência (associada ao consumo de leguminosas, por exemplo) e aumentar a digestibilidade, devido à presença de ácido glutâmico (ou glutamato). Usa-se também na confeção de pães e hambúrgueres vegetais, em forma de farinha. Os caldos onde se cozinhou o “Kombu” (os designados “dashi”) são a base de muito pratos japoneses tradicionais e com eles podem-se cozinhar massas, cereais, etc.

O “Kombu” destaca-se pelo seu elevado conteúdo em minerais como:

  • O cálcio e o magnésio, que regulam funções do sistema nervoso e dos músculos;
  • O iodo, com um papel fundamental no funcionamento da tiroide.

O ácido algínico presente na “Kombu” tem demonstrado efeitos preventivos contra a contaminação por metais pesados e substâncias radioativas.

São de destacar ainda as suas propriedades antirreumáticas, anti-inflamatórias, reguladoras do peso corporal e da pressão arterial (devido à presença de laminarina e laminina). Estas previnem também a arteriosclerose e outros problemas vasculares, pelos seus efeitos fluidificantes da corrente sanguínea.

 

 

Serviço de Nutrição Solinca

 

Bibliografia

Botânica, L. P.-D. (2008). As Algas Marinhas e Respectivas Utilidades. Coimbra: Universidade de Coimbra.

Pires, C. R. (2016, 7 2020). Identificação e Análise do Potencial Antifúngico dos Polissacarídeos das Algas Saccharina latissima e Laminaria ochroleuca. Coimbra: FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – Universidade coimbra. Retrieved from https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/31319/1/cp_thesis.pdf

Varatojo, F. (2020, Julho 9). Instituto Macrobiótico de Portugal. Retrieved from https://www.institutomacrobiotico.com/pt-pt/imp/artigos/alimentacao/algas