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A tamareira é uma palmeira originária do norte de África, que produz um fruto comestível de cor avermelhada e bem conhecido: a tâmara!  A sua utilização na alimentação data de 5000 anos a.C. quando os babilónios começaram a produzir vinagre através da fermentação das tâmaras, e assim cozinhavam os alimentos juntamente com especiarias. Em Portugal, as tâmaras são maioritariamente utilizadas na sua forma seca (sem água na sua composição), e a sua versatilidade na cozinha é tal que acompanha bem com pratos doces ou salgados. Porém devem ser consumidas com alguma moderação dado serem relativamente energéticas e ricas em açúcares. Mesmo assim não se pode desperdiçar todo o seu potencial de fibra, vitaminas e minerais que as tâmaras têm. Sendo de notar que a tâmara fresca para além de menos calórica apresenta também ela um teor considerável de vitamina C, algo que já não acontece na tâmara seca porque devido à ação do calor “perde-se” esta vitamina. Informação nutricional por 100g: Tâmara fresca Tâmara seca Energia (kcal) 147 298 Hidratos de Carbono (g) 33,2 67,3 Fibra (g) 3,8 7,8 Vitamina C (mg) 6,9 0 Ácido fólico (µg) 6,4 13 Vitamina B6 (mg) 0,09 0,19 Potássio (mg) 350 700 Cálcio (mg) 25 50 Fósforo (mg) 21 42 Magnésio (mg) 27 55 A sua cor avermelhada anuncia ainda a presença de fitoquímicos como o licopeno, o ácido elágico e os flavonóides (p.e. campferol e antocianinas), associando-se, por exemplo, à prevenção de cancro da próstata, cancro do trato urinário, redução do risco de doença cardiovascular, proteção das células contra radicais livres e melhoria da memória. Nos dias que correm, e com cada vez mais pessoas a adotarem uma filosofia “home made” dos seus snacks, as tâmaras adquiriram uma outra vantagem/utilização e tornaram-se num “adoçante natural” das mais variadas receitas de bolos, panquecas, batidos, bolachas, etc. Serviço de Nutrição Solinca Bibliografia Helena Real, M. B. (2017). Colher saber A fruta na alimentação. Porto: Associação Portuguesa de Nutrição. Helena Real, M. B. (2017). Vinagres, temperar o saber! Junho: Associação Portuguesa dos Nutricionistas. INSA. (2020, 08 13). Portfir . Retrieved from Composição dos Alimentos: http://portfir.insa.pt/foodcomp/food?19971

A spirulina, cientificamente designada por Arthrospira, é uma microalga azul-esverdeada utilizada para consumo humano que cresce em lagos tropicais. Há muito tempo que esta alga é conhecida e utilizada por povos como os astecas, pela sua riqueza nutricional. Nos últimos anos a spirulina alcançou as “luzes da ribalta” e atribuição de mérito não lhe tem faltado como aconteceu na Conferência Mundial de Alimentação das Nações Unidas, em 1974, onde foi denominada “o melhor alimento do futuro”. Detentora de uma quantidade de proteína bastante generosa (60g/100g), a spirulina é igualmente rica em vitamina B2 (6,9mg/100g), iodo (1800µg/100g), cálcio (270mg/100g), ferro (82,7mg/100g) e ómega 3 (0,002g/100g). Apesar de conter doses elevadas de vitamina B12 (160µg/100g) esta encontra-se na forma inativa (cianocobalamina). Não obstante aos relatos que vão surgindo acerca dos benefícios nutricionais, a verdade é que ainda há poucos estudos sobre esta microalga. No entanto, de momento é conhecido que o consumo da spirulina traz benefícios para a saúde como: Combate a ação dos radicais livres, uma vez que possui ficocianina, um antioxidante azul produzido pelas cianobactérias; Auxilia no tratamento e prevenção da anemia; Ajuda a melhorar os níveis de colesterol LDL; Ajuda a manter o bom funcionamento da tiroide. Serviço de Nutrição Solinca Bibliografia Beatriz Neves, H. R. (2019). Algas a gosto considerações nutricionais e de saúde. Porto: Associação Portuguesa de Nutrição. Pimentel, D., Tomada, I., & Rêgo., C. (2018, Julho-Setembro). ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA: CONSIDERAÇÕES E ORIENTAÇÕES. Acta Portuguesa de Nutrição, pp. 10-17.