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dores musculares

De onde vêm as dores musculares quando treinamos?

Associado ao processo de treino estão as dores musculares. É importante sabermos que a dor é um mecanismo de proteção do nosso organismo e que os receptores da dor são terminações nervosas livres que são susceptíveis a estímulos químicos, térmicos e mecânicos.   Neste processo de dor vamos distinguir 2 tipos de dor, dor durante o treino, e a dor dor pós treino.   Dor durante o treino, que pode ser descrita como uma sensação de o músculo estar a “queimar” quando executamos um grande número de repetições. Como consequência deste grande número de repetições ocorre falta de oxigénio no músculo e como consequência uma maior acumulação de iões de hidrogénio o que vai desencadear uma acidose (baixa de PH). Esta baixa de PH vai estimular os receptores da dor e que nos vai fazer querer parar o exercício.   Dor pós treino pode durar de 24 a 72 horas sendo que o período mais crítico normalmente revela-se entre as 24 e 48 horas. Estas dores resultam de um processo inflamatório que resulta das micro-lesões causadas no tecido muscular e conjuntivo, pelo treino. Estas dores podem também der categorizadas com DOMS(delayed onset muscle soreness)   De realçar que não têm de ocorrer dores musculares para que um treino seja eficiente!   Bons treinos!

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exercicio fisico e ansiedade

Exercício Físico e Ansiedade

Praticar exercício físico distrai-o, ajuda na gestão do stress e aumenta a produção de serotonina (substância do bem-estar e felicidade). Nos dias que correm, passamos muito tempo em casa, a nossa mente está sempre ativa e nem sempre com os melhores pensamentos. Muitas vezes fruto das notícias que invadem as nossas TVs ou pelas preocupações decorrentes da situação atual. O exercício físico assume-se como o escape ideal para nos manter ativos, saudáveis e ocupados. Opte por esta forma natural de combater a ansiedade, o seu corpo e mente vão agradecer-lhe.   A ansiedade é uma desordem psicológica, aliás é a desordem mental mais comum entre os adultos, com maior prevalência entre as mulheres (duas vezes mais frequente) do que em homens. Apesar das causas da ansiedade ainda não serem totalmente estudadas, clinicamente sabe-se que estão associadas a sistemas de Norepinefrina (NE) e Serotonina (5-HT) que modelam a atividade cerebral regulando o humor e a resposta ao stress.   A American Psychiatric Association (APA), recentemente, reconheceu o exercício físico como parte de um tratamento primário, na abordagem à ansiedade. Uma das hipóteses correntes diz que o exercício fornece uma distração ao indivíduo diminuindo a sua perceção da sensação de ansiedade, mas é muito mais que isso. Estudos recentes provam que o exercício (seja ele qual for) promove uma regulação dos neurotransmissores, aumentando a atividade 5-HT (serotonina) e atividade neuro-endócrina nas áreas do cérebro responsáveis pela ansiedade, aumentando a resistência ao stress, funcionando como terapia.   Efeitos secundários do exercício físico também podem ajudar, como a melhoria da qualidade de sono, níveis de energia, perceção da fadiga, aumento da autoestima.   Os tempos são difíceis, melhores dias virão. Agora, mais do que nunca, temos que nos manter ativos, saudáveis e ocupados. O exercício está ao vosso alcance, estejam atentos à página da Solinca que não vão faltar motivos, dicas e treinos para seguirem no conforto das vossas casas.   Bons treinos!

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Como reaproveitar alimentos

Como pode reaproveitar alimentos?

Nesta altura em que nos encontramos, mas também todo o ano é fundamental procurarmos formas de combater o desperdício alimentar, reinventarmos outras formas de consumirmos os alimentos e tirarmos o máximo partido de potencialidades nutritivas. Como podemos afinal reaproveitar alimentos evitando o desperdício alimentar?   O reaproveitamento alimentar é uma das principais formas de potenciar a qualidade nutricional dos alimentos, visto que é em grande parte dos talos, folhas, cascas e sementes destes alimentos que se encontram as mais diversas vitaminas, minerais e fibra presentes.   De facto, o maior desperdício alimentar advém dos alimentos como as frutas e hortaliças, sendo que cada vez mais deparamo-nos com casos de desnutrição em certas regiões ou países. (1)   Segundo dados das Organização das Nações Unidades para Alimentação e Agricultura, (FAO) aproximadamente 1/3 da produção mundial alimentar é desperdiçada, sendo que esse desperdício seria capaz de alimentar todas as populações que se encontram em vias de fome ou desnutridas no mundo. Estes dados apontam que o país que existe maior desperdício alimentar é o Brasil, com cerca de 128kg de comida desperdiçada todos os anos por família. (2,3)    Alimentos como o abacate (31%), o abacaxi (24%), laranja (22%) a banana (40%), papaya (30%) e manga (27%) são um breve exemplo de alimentos que contêm maior teor nutritivo do que aquele que verdadeiramente é consumido, sendo o desperdício nutricional muito elevado. Estes inclusive apresentam vitamina A, C, eletrólitos, antioxidantes e fibras capazes de prevenir doenças crónicas como a obesidade. (4)   Também os talos e as folhas podem conter maior valor nutricional que a própria parte consumível do alimento, por exemplo, as folhas verdes da couve-flor contêm maior teor em ferro que a própria couve-flor. Alimentos como as sementes de abóbora, talo de couve, brócolo e espinafre são ricos em lípidos e fibra. Num breve estudo científico com comparações alimentícias verifica-se que existe maior teor de lípidos em sementes de morangos (2,27%) do que em talos de espinafre ou beterraba (0,003%). Em todo o caso, todos eles são valores baixos de lípidos. Da mesma forma, ao analisar os hidratos de carbono percebe-se que a casca de laranja apresenta maior quantidade de açúcar (17,96%), do que a casca de melão (15,57%) e da casca de morango (14,98%). Relativamente ao nível de proteína, percebe-se que a casca de banana apresenta menor teor de proteína (0,51%) do que quando comparada com as sementes de melão. Em farinhas de talo de couve e espinafre encontram-se valores inferiores de proteína. (5)   Os alimentos que são desperdiçados podem ser aproveitados em chás ou infusões como é o caso das cascas de limão, em sopas como é o caso das cascas de laranja, em sobremesas como é o caso da casca de banana, em saladas como é o caso das sementes de papaya e romã, assim como batidos ou sumos naturais se aproveitam como talo de brócolo, talos de alface para sopas, estufados, panquecas entre outras sugestões diferentes e altamente nutritivas. Por exemplo um cheesecake light de morango em que existe aproveitamento das folhas ou muffins de cascas de chuchu como pré-treino. (1,2,3)   1 – MCWILLIAMS M.; Alimentos um guia completo para profissionais – Editora Manole, 10°ed., 2016. 2 – OLIVEIRA F.L.; NASCIMENTO M.R.F.; BORGES S. V.; RIBEIRO P.C.N.;RUBACK V.R. Aproveitamento Alternativo da Casca do Maracujá (passiflora edulis F.FLAVICARPA) para produção de Doce em Calda. Ciência Tecnologia Alimentos. 22(3): 259-262. 2002. 3 – PORPINO G.; LOURENÇO C. E.; ARAÚJO C. M.; BASTOS A.; 2018. Intercâmbio Brasil – União Europeia sobre desperdício de alimentos. Relatório final de pesquisa. Brasília: Diálogos Setoriais União Europeia. 4 – EMBRAPA (EMPRESA BRASILEIRA DE PESUISA AGROPECUÁRIA). O papel dos bancos de alimentos na redução do desperdício de alimentos. Set, 2007. 5 – AJILA, C.M. et al. Improvement of dietary fiber content and antioxidant properties in soft dough biscuits with the incorporation of mango peel powder. Journal of Cereal Science, v.48, p.319- 326, 2008.   Nutricionista Fábio Nunes (3437N)

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