Exercício Físico e cancro da mama
O cancro da mama é uma das principais preocupações de saúde pública em todo o mundo (Crane, 2007), tornando-se esta patologia, num caso de saúde pública devido ao número crescente de casos. Os avanços da medicina têm uma forte contribuição na diminuição das taxas de mortalidade por cancro da mama, devido essencialmente à precocidade no diagnóstico e à melhor qualidade nos tratamentos, assumindo, assim, um papel importante, não só no aumento da taxa de sobrevivência, mas também na minimização dos efeitos colaterais dos tratamentos químicos, radiológicos e cirúrgicos. Não obstante a todos estes avanços, ainda que existam transformações benéficas, a experiência de um cancro da mama continua a causar sofrimento físico, psicológico, social e espiritual a muitas mulheres durante todas as fases do processo: diagnóstico, tratamento, fim do tratamento e sobrevivência (Ribeiro, 2014). Apesar das evidências científicas e clínicas serem favoráveis, o diagnóstico de cancro da mama pode poupar a vida e o seio às doentes atingidas, mas não as livra de ao longo da trajetória experiencial da doença de, em algum momento, experienciarem “sofrimento “(Costa, 2015 p.36). Os efeitos adversos do tratamento de cancro da mama têm um impacto geral no Bem-Estar físico dos pacientes, verificando-se reduções percetíveis na aptidão física, mudanças negativas na composição corporal (aumento da massa corporal, diminuição da massa magra e aumento da massa gorda), aumento da fadiga, depressão ou ansiedade (DieliConwright & Orozco, 2015). Alguns destes efeitos secundários resultam num agravamento da capacidade cardiorrespiratória, redução da mobilidade e funcionalidade dos membros superiores e aumento do peso (Jones et al., 2012). O conhecimento destes fatores adquire um papel preponderante no interesse pelo estudo desta doença, assim como pelo desenvolvimento de estratégias que induzam o aumento do bem-estar das mulheres com cancro da mama durante e após o tratamento da doença. A World Health Oragnization sugere que, a atividade física e o exercício físico, devem de ser entendidos pelas pessoas como meios de prevenção do cancro. No que se refere a pacientes com cancro, uma rotina de exercício físico adaptado deve de ser promovida desde o diagnóstico da doença, a fim de diminuir a fadiga e melhorar os benefícios dos tratamentos. Os dois conceitos aqui apresentados, “Exercício Físico” e “Atividade Física”, não devem ser confundidos. O exercício físico é uma subcategoria da Atividade Física que exige planeamento, estruturação, repetição, e visa melhorar, ou manter, um ou mais componentes da aptidão física. Ambos os conceitos beneficiam a saúde (WHO, 2016). Desta forma, e perante as consequências que a doença acarreta é importante desincentivar comportamentos sedentários, informar esta população quanto à importância de ser fisicamente ativa, quanto aos benefícios da prática de exercício físico durante toda a jornada de tratamento e incentivar a mesma para integração em programas de exercício físico, com profissionais qualificados, que beneficiam a sua qualidade de vida. Na Solinca temos instrutores qualificados e especializados em exercício Físico e doença oncológica (Level 4 and Cancer exercicise em RehabilitationEducation pelo CanRehab (Training for health and fitness profissional, Uk). Conte connosco para o orientar e ajudar a ser mais activo, sentir-se com mais energia e recuperar qualidade de vida. Bons treinos! Crane, R. (2007). Cancro da mama In S. E. Otto (Ed.), Enfermagem em oncologia (11ª ed., pp. 89-136). Loures: Lusociência. Costa, S. I. R. (2015). CM: dores do sofrimento feminino na experiência com a doença (1ª ed.). Viseu: Psicosoma. Dieli-Conwright, C., & Orozco, B. (2015). Exercise after breast cancer treatment: current perspectives. Dove Press Journal: Breast Cancer: Targets and Therapy, 7, 353-362. WHO. (2016). Health topics:Physycal activity. World Health Organazation Jones, L. W., Courneya, K., Mackey, J., Muss, H, Pituskin, E., Scott, J., Hornsby, W., Coan, A., Herndon, J., Douglas, P., & Haykowsky, M. (2012). Cardiopulmonary function and age-related decline across the breast cancer survivorship continuum. Journal of Clinical Oncology, 30(20), 2530–2537.