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Últimos artigos

Como escolher bolachas

Como escolher bolachas de supermercado

Quando se fala em bolachas, existem de todos os tipos, feitios, sabores, textura, etc. o que importa realmente é a sua extensa lista de ingredientes e de aditivos alimentares. Sabemos que grande parte das bolachas disponíveis em supermercado são ricas em açúcar e farinhas refinadas (na sua maioria), tem elevado índice glicémico, ou seja, o açúcar presente é rapidamente absorvido. Em termos práticos significa que provocam um pico glicémico (hiperglicemia), seguidamente de uma hipoglicémia (baixa concentração de açúcar no sangue), o que causará desconforto, fome, necessidade de açúcar, mal – estar, desconcentração. Para além disso, sabe-se que as rápidas subidas de açúcar no sangue são promotoras de inflamação, formação de gordura visceral, triglicéridos e ainda pode causar alterações a nível endócrino (ex. insulina). Por outro lado, as gorduras usadas nestes produtos são um problema por serem saturadas ou trans, e assim podem contribuírem para o aumento do colesterol total e aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Temos ainda outro fator a ter em consideração que é o levado teor em sal (sódio). Quando encontra designações como “ integral”, “rico em fibra” ou “sem sal”, são designações que aparecem com frequência, no entanto seja “critico” a esta informação. Analise o rotulo completo, verifique a lista de ingredientes. A lista de ingredientes que faz parte do produto alimentar são indicados por ordem decrescente de peso, ou seja o ingrediente que aparece em primeiro lugar, é aquele que existe em maior quantidade no alimento. Valorize uma lista de ingredientes que contenha poucos ingredientes e que os açúcares e as gorduras vegetais não existam, ou caso estejam presentes que sejam dos últimos ingredientes da lista. Valorize o tipo de gordura e açúcar, por exemplo, se for azeite ou mel têm algumas vantagens para a saúde. No momento de analisar a informação nutricional, pode ter em conta a tabela seguinte: Descodificador de rótulos – informação nutricional (DGS) Alimentos (100g) Gordura Gordura Saturada Açúcares Sal Elevado > 17,5g > 5g > 22,5g > 1,5g Medio 3g -20g 1,5 -5g 5g – 22,5g 0,3g – 1,5g Baixo ≤ 3g ≤ 1,5g ≤ 5g ≤ 0,3 Exceções: Produtos que contêm na sua composição leite e fruta, cujo teor de açúcar é considerado naturalmente presente. Serviço de Nutrição Solinca

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alongamentos

Os benefícios do alongamento

Alongamento é o termo usado para descrever os exercícios físicos que aumentam o comprimento das estruturas constituídas de tecidos moles e consequentemente da flexibilidade. Entende-se por flexibilidade a capacidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, superiores às originais, porém dentro dos limites morfológicos. O trabalho de flexibilidade exige grandes amplitudes de movimentos, superiores aos de alongamento, o que gera um razoável risco de distensão muscular. Definir que, até determinado alcance de movimento, este é dado como alongamento muscular e que, ultrapassando este limite, torna-se flexibilidade é um argumento defendido de forma incoerente, os fatores limitantes da flexibilidade residem no comprimento dos músculos, e o exercício que produz alongamento muscular resulta em aumento da flexibilidade. O aquecimento pode ser do tipo ativo ou passivo, geral ou específico. Aquecimento ativo consiste em movimentos de baixa intensidade e que são eficazes na elevação da temperatura corporal, promovendo aquecimento dos tecidos e produzindo uma variedade de melhorias nas funções fisiológicas. Já o aquecimento passivo inclui fontes de calor externas como duches quentes, fricção ou massagem. O aquecimento geral ativo possibilita um funcionamento mais dinâmico do organismo como um todo, cuja realização mobiliza grandes grupos musculares, como ocorre em um trote leve. Já o aquecimento específico consiste em exercícios específicos para uma modalidade, visando grupos musculares mais selecionados, provocando redistribuição do sangue que se encontra em grande percentagem retido no trato gastrointestinal, de modo a favorecer maior irrigação da musculatura a ser recrutada, suprindo-a com mais oxigênio e possibilitando alcançar uma temperatura ideal. O objetivo central do aquecimento geral ativo é obter aumento da temperatura corporal e da musculatura, bem como preparar o sistema cardiovascular e pulmonar para a atividade e para o desempenho motor. Atividades de aquecimento são necessárias para preparar o corpo para a atividade física vigorosa porque aumentam o desempenho e diminuem o risco de lesão muscular. Intensidade moderada de aquecimento ativo e aquecimento passivo pode aumentar o desempenho muscular de 3 a 9%. O aquecimento geral deve ser ativo, não muito intenso, envolvendo principalmente os músculos que serão utilizados durante a execução do exercício. O aquecimento específico ativo dá continuidade ao aquecimento geral ativo, visto que o aumento da temperatura corporal não implica em aumento automático da temperatura dos músculos. A temperatura muscular durante o aquecimento eleva-se mais lentamente. À medida em que a temperatura aumenta, dentro de limites, aumenta a quantidade de O2 liberado da hemoglobina. O calor é subproduto das reações metabólicas de todas as células, e o calor liberado pela contração das fibras musculares durante o aquecimento tende a elevar a temperatura do corpo promovendo a liberação de O2 da oxiemoglobina e o aumento do aporte sanguíneo em direção aos músculos envolvidos. O aquecimento deve ser progressivo e gradual e proporcionar intensidade suficiente para aumentar as temperaturas musculares e centrais sem produzir fadiga nem reduzir as reservas de energia. O aquecimento tem o potencial de melhorar o desempenho na prática desportiva porque permite a adaptação mais rápida do corpo ao stresse do exercício e, consequentemente, permite maior tempo do estado estável do exercício e/ou melhor capacidade de concentração nas habilidades adicionais que devem acompanhá-lo. De entre os benefícios do aquecimento estão relacionados o aumento da temperatura muscular e do metabolismo energético, aumento da elasticidade do tecido (os músculos, os tendões e os ligamentos tornam-se mais elásticos, o que proporciona diminuição do risco de lesão), aumenta a produção do líquido sinovial (aumentando a lubrificação das articulações), aumento do débito cardíaco e do fluxo sanguíneo periférico, melhora da função do sistema nervoso central e do recrutamento das unidades motoras neuromusculares. Estas modificações provocam melhoria na fluidez e na eficácia do gesto desportivo prevenindo os problemas articulares. Além disso, reduz a atividade da fibra gama e, consequentemente, a sensibilidade do fuso muscular e aumenta a sensibilidade dos OTGs contribuindo para o relaxamento muscular. A velocidade de condução do impulso nervoso também aumenta, resultando em maior velocidade de reação e coordenação dos movimentos. Um aumento de temperatura de 2ºC corresponde a aumento de 20% da velocidade de contração. Além disso, todas as reações bioquímicas ficam mais rápidas com aumento da temperatura de até 20%. Em atividades físicas nas quais as fibras musculares tenham sido recrutadas durante vários minutos ou até mesmo por horas, como ocorre em atletas de grande porte (ex. ciclistas, maratonistas), milhares de contrações dos sarcómeros são realizadas e, por este motivo, é natural que as unidades motoras encontrem-se com sua zona de sobreposição aumentada, realidade que predispõe o desenvolvimento de encurtamento muscular caso um alongamento direcionado às cadeias musculares recrutadas não seja realizado após o término dos exercícios. A prática de alongamento no final do esforço físico tem por finalidade evitar o encurtamento muscular, devido às fortes e sucessivas contrações musculares ocorridas. O encurtamento do sistema muscular gera como consequências: O aumento do gasto energético Destabilização da postura Utilização de fibras musculares compensatórias Compressão das fibras nervosas Aumento das incidências de cãibras e dor, além de prejuízo da técnica nas habilidades desportivas. Exercícios de alongamento são fundamentais para a prevenção e o tratamento de encurtamento muscular. Músculos mantidos habitualmente na posição encurtada tendem a perder elasticidade, mostrando-se fortes somente aos testes na posição encurtada, porém fracos quando estão alongados. Esta condição é conhecida como fraqueza por encurtamento. Em contrapartida, músculos mantidos habitualmente na posição alongada tendem a se mostrar mais fracos aos testes devido a uma mudança na curva comprimento-tensão, circunstância denominada fraqueza por alongamento. O sistema muscular acometido por encurtamento aumenta a estimulação dos agonistas via fuso muscular ao acionar o músculo para contrair-se, tornando-o mais rígido e os seus antagonistas mais frouxos. Consequentemente, instala-se um sistema muscular hipotónico antagonista e um hipertônico agonista, surgindo a assimetria.   Nuno Marques Silva, Personal Trainer Solinca Colombo   Bibliografia Arruda FLB, Faria LB, Silva V, Senna GW, Simão R, Novaes J, et al. A Influência do Alongamento no Rendimento do Treinamento de Força. Revista Treinamento Desportivo 2006;7:1-5 Astrand P-O, Rodahl K. Tratado de fisiologia do exercício. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

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Diferenca entre alimento natural organico e biologico

Diferença entre alimento natural, orgânico e biológico

É cada vez mais frequente ouvirmos falar de produtos biológicos ou orgânicos em Portugal, que são já consumidos diariamente por cerca de 12% da população portuguesa, principalmente nas categorias dos hortícolas e da fruta. Mas será que as designações Natural, Biológico e Orgânico são iguais? Definição de produto Natural Embora seja muitas vezes usado como sinónimo de Biológico ou Orgânico, o termo Natural pode ser atribuído a tudo o que provém diretamente da natureza, podendo, no entanto, utilizar pesticidas, fertilizantes químicos, antibióticos, aditivos e organismos geneticamente modificados. Definição de produto Orgânico e Biológico Primeiro que tudo a designação de Orgânico tem o mesmo significado que Biológico. É todo o alimento resultante de um sistema de cultivo que promove a produção de alimentos que sejam sustentáveis ao nível ambiental, social e económico, uma vez que evitam o uso de fertilizantes, pesticidas, adubos químicos, reguladores de crescimento (hormonas e antibióticos), aditivos às rações animais nem de organismos geneticamente modificados (OGM) e até produtos feitos de ou com OGM. A maneira de os identificar é a presença do logótipo europeu da Agricultura Biológica e código da certificadora na embalagem. Atualmente, não se restringem apenas às frutas e vegetais comprados em lojas ou mercados específicos, sendo possível encontrar na maioria dos supermercados e uma maior variedade de alimentos como:  cereais, leguminosas, carne e até alimentos mais específicos como o vinho, o mel e o cacau orgânico ou chocolate orgânico. Sendo assim é mais benéfico consumir produtos Biológicos/Orgânicos? A resposta é sim, porque: É sustentável para o ambiente A maneira como se cultiva as frutas e os vegetais têm um enorme impacto no nosso planeta, não só porque a agricultura biológica promove menos emissão de gases de estufa, ajuda o solo a ser mais resistente ao impacto das alterações climáticas, bem como evita o uso de pesticidas comuns que podem poluir o ambiente e a água, podendo eventualmente chegar ao nosso prato. É “mais amigo” dos animais As explorações agrícolas biológicas protegem certas zonas-chave que são o habitat natural de vida selvagem. Ao fazer isto, as quintas biológicas albergam até 50% mais vida selvagem, o que é vital para o nosso ecossistema. Pode ser mais nutritiva Ainda não existem estudos suficientes que comprovem os benefícios nutricionais dos alimentos biológicos ou orgânicos, contudo já existe um estudo efetuado durante 10 anos na Universidade da Califórnia, em que verificaram que o tomate biológico é mais rico em substâncias que previnem a oxidação das células, que poderão reduzir a possibilidade de aparecimento de alguns problemas de saúde. Proporciona hábitos alimentares mais saudáveis À medida que as pessoas se preocupam mais com os seus hábitos alimentares, terão mais tendência em perguntar de onde vêm os produtos que consomem. Por lei, os alimentos classificados como orgânicos ou biológicos, devem obedecer a regras muito rígidas, permitindo identificar tudo o que foi utilizado no alimento. Desta forma, apesar de ainda não ser possível comprovar os seus benefícios do ponto de vista nutricional, existem outros estudos que referem que quem compra produtos biológicos ou orgânicos tem habitualmente padrões alimentares mais saudáveis, com um maior consumo de frutas, hortícolas, produtos integrais, leguminosas e menor consumo de carne vermelha e produtos processados. Estes consumidores são também por norma mais ativos e tendem a ter um estilo de vida mais saudável. Resumindo, mais do que um comportamento alimentar a opção por produtos biológicos ou orgânicos faz parte de um modo de vida em que há mais atenção aos comportamentos promotores de saúde refletindo-se nas suas várias dimensões. Mariana Mera Félix (C.P. 2626N) Nutricionista Solinca Classic Referências Bibliográficas: 2009. One Earth, Many Minds. [online] Disponível: https://www.ifoam.bio/sites/default/files/page/files/ifoam_annual_report_2009.pdf AGROBIO 2011. Associação Portuguesa de Agricultura Biológica. Disponível: https://agrobio.pt/agricultura-biologica/o-que-e/ Dangour AD. Nutrition-related health effects of organic foods: a systematic review. Am J Clin Nutr.2010 Jul;92(1):203-10.

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