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reduzir o desperdicio alimentar em casa

14 passos para reduzir o desperdício alimentar em casa

De acordo com a FAO, estima-se que 1/3 dos alimentos produzidos a nível mundial é desperdiçado. Esta realidade causa problemas a nível económico, ambiental e social. A nível social, se este 1/3 de alimentos fosse corretamente direcionado, supriria as necessidades alimentares de milhares de pessoas a nível mundial. Evitar-se-ia também um impacto significativo no ambiente, uma vez que uma percentagem do contributo da agropecuária e indústria para a emissão de gases com efeito de estufa, deve-se à produção de bens alimentares. Por fim, toda a matéria prima, água, combustíveis e mão de obra utilizada para a produção destes bens alimentares desperdiçados são considerados gastos económicos em vão.   Em Portugal estima-se que cerca de 1 milhão de toneladas de produtos alimentares são desperdiçados por ano, ou seja, 97 quilos de comida por cada um de nós. Nos dias de hoje é extremamente importante olhar para estes números e tentar reduzir os seus valores, tomando algumas medidas para evitar o desperdício alimentar.   Podemos assim, todos nós em casa contribuir para esta diminuição do desperdício alimentar. Basta aplicar estas medidas simples e práticas:   1 – Planeie as refeições com antecedência e escreva a lista de compras antes de ir ao supermercado (e de preferência saudáveis).   2 – Evite comprar doses acima das que o seu agregado familiar necessita.   3 – Verifique a data de validade dos produtos e analise se o seu agregado familiar consumirá os produtos dentro desse prazo:   Os alimentos com a indicação “Consumir de preferência antes de” poderão ser consumidos depois da data indicada (caso tenham boas condições de conservação), contudo poderão já ter perdido algumas das suas características. Os alimentos com a indicação “Consumir até” devem ser consumidos até à data indicada no rótulo.   4 – Prefira os produtos frescos ou numa fase inicial de maturação, de forma a aguentarem mais tempo.   5 – Organize a sua dispensa e frigorífico, com os produtos de menor prazo de validade mais perto, e os produtos com maior prazo mais longe.   6 – Quando confeccionar as refeições, faça-o com as porções adequadas do seu agregado familiar, evitando excedentes ou sobras.   Todavia, se mesmo assim sobrarem alimentos, o que fazer com eles? Seguem aqui várias dicas de reaproveitamento:   7 – Reaproveite a fruta mais madura e faça purés de fruta, ou adicione leite ou bebida vegetal e faça um batido, ou até congele em pedaços para mais tarde fazer gelados.   8 – Se sobrarem hortícolas, reutilize-os numa sopa ou um esparregado, num estufado com leguminosas ou numa quiche.   9 – As cascas de alguns alimentos como o limão e laranja podem ser usados para fazer infusões, compotas ou até sobremesas. As cascas de curgete ou cenoura e os talos de couve e alho francês pode aproveitá-los para fazer caldos de legumes.   10 – as leguminosas que cozeu (ou o frasco que abriu) pode aproveitá-las para fazer hambúrgueres vegetarianos ou em sopas.   11 – Utilize o peixe ou carne que sobrou para fazer um empadão, quiche, arroz de forno, entre outros.   12 – Com as batatas cozidas pode fazer empadão, puré e até mesmo uma tortilha.   13 – Com o arroz que sobrou pode fazer um arroz de forno.   14 – Com o pão endurecido pode fazer torradas para o pequeno-almoço ou fatias torradas no forno com tomate picado e orégãos e um fio de azeite num lanche. Ou até fazer uma açorda.   Tiago Neto (CP 3982N)   Nutricionista Solinca Classic   Referências Bibliográficas   Boliko, M. C. (2019). FAO and the Situation of Food Security and Nutrition in the World. Journal of nutritional science and vitaminology, 65(Supplement), S4-S8.

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ComocombaterosedentarismonoTeletrabalho

Como combater o sedentarismo no Teletrabalho

Na sequência do aparecimento do COVID-19 e das medidas tomadas pelo Governo, muitas empresas e serviços públicos viram-se na necessidade de colocar os seus colaboradores a trabalhar a partir de casa, ou seja, em teletrabalho. Ora, conciliar trabalho, família e fazer exercício em casa por vezes não é fácil pelo que surge assim a necessidade de combater o sedentarismo.   Estudos demonstraram que é possível reduzir o sedentarismo em adultos em cerca de 22 min/dia, sendo mais eficaz quando existam alterações no estilo de vida. Demonstraram ainda que havendo intervenções até 3 meses, os resultados podem prolongar-se até 12 meses, o que é encorajador. Outros estudos têm apresentado que 30% das mortes nos Estados Unidos da América relacionadas com doença coronária, diabetes tipo 2 e cancro do colon poderiam ser evitadas se as pessoas praticassem alguma atividade desde moderada a intensa que gastasse cerca de 1000kcal/semana, o que mostra que por pouco exercício que se faça já há ganhos significativos a nível da saúde, apresentando que a prevenção é fundamental para uma boa saúde, sendo que a medicina convencional ajuda a lidar com os sintomas das doenças, mas não repõe a saúde para níveis anteriores ao aparecimento das mesmas. Ora, cerca de 82% dos casos com doença coronária e 91% dos casos com diabetes tipo 2 estão relacionados com comportamentos de alto risco.     Assim, de forma a prevenir o aparecimento das referidas doenças devemos ter comportamentos de baixo risco, o que foi definido por uma combinação de 5 variáveis:  Índice de Massa Corporal (IMC) inferior a 25; Uma dieta rica em fibras de cereais e gordura polinsaturada e com carga glicémica baixa e consumo reduzido de gorduras trans; Praticar uma atividade física moderada a intensa durante, pelo menos, meia hora por dia; Não ser um fumador habitual; Consumo médio de metade de uma bebida alcoólica por dia. Podemos assim verificar que a atividade física diária é um dos componentes mais importantes na prevenção de doenças relacionadas com o sedentarismo, tais como doenças coronárias e diabetes tipo 2, e que 30 minutos diários podem evitar algumas das doenças mais comuns do mundo moderno.   Em teletrabalho, muitas pessoas passam várias horas por dia sentadas ao computador, levantando-se apenas para fazer algum tipo de intervalo, pelo que se torna importante realizar alongamentos para descontrair a musculatura, uma vez que a falta dos mesmos poderá levar a uma má postura da coluna vertebral e demais órgãos. Verificou-se ainda a possibilidade de certos jogos pela internet poderem ajudar a combater o sedentarismo através de um aumento da atividade física, tais como o Pokémon Go que mostrou haver uma correlação positiva da prática de exercício físico com o IMC.    Face aos problemas de saúde que devido ao teletrabalho poderão surgir, propõe-se a realização de exercícios de alongamento, que poderão reduzir a tensão muscular, melhorar a circulação, reduzir a ansiedade, stress e fadiga, melhorar a atenção mental e fazê-lo sentir-se melhor. Estes podem ser realizados:   logo pela manhã, ao levantar, e à noite, antes de ir dormir;  enquanto o computador está a processar alguma coisa, mesmo que seja por apenas 5 a 10 segundos;  sempre que se sentir rígido ou cansado;  quando precisar de mais energia; e sempre que se quiser concentrar.    Para uma boa prática dos alongamentos, sempre que se alongar deve relaxar e respirar calmamente e ao iniciar o alongamento deve fazê-lo até sentir uma pequena tensão e manter durante 5 a 10 segundos. Caso se sinta bem deve alongar um pouco mais e manter durante outros 5 a 10 segundos. Os alongamentos aumentam a mobilidade e diminuem a tensão nos músculos e tendões. Caso sinta algum tipo de dor deverá reduzir o alongamento até ficar confortável. Os alongamentos podem ser executados em pé, sentados numa cadeira ou apoiado numa parede, ombreiras da porta ou num armário.    Poderá começar por mobilizar os dedos e os pulsos seguidos dos braços e dos ombros, pescoço, costas e pernas, sendo que alguns dos exercícios poderão ser efetuados através de front lunges, chest press com as mãos nas ombreiras das portas, agachamentos e agachamentos parciais (quarter squat), levantamento dos calcanhares (toe raise) e flexões com as mãos na secretária (desk pushup).   O teletrabalho pode ser uma boa oportunidade para passar bons momentos com a sua família, seja presencial ou online, mas lembre-se de manter a sua saúde em bom estado praticando atividade física moderada a intensa durante, pelo menos, meia hora por dia e sempre que possa ou sinta necessidade alongue-se para que se mantenha sempre saudável.   Consulte o Ginásio-Online e mantenha-se a treinar connosco. Pode realizar mais de 1500 aulas, inclusive aulas de alongamentos, mobilidade, postura, pilates, yoga, entre outras, consultar e realizar planos de treino por objectivos ou solicitar um plano de treino exclusivo para si.   E lembre-se: Mantenha-se activo! Mantenha-se forte!   Bons treinos!

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Como manter a minha massa muscular em casa

Como manter a minha massa muscular em casa?

Com a ajuda da alimentação   Para o bem de todos, é pedido que fiquemos em casa. Esta situação está a fazer com que todos tenhamos de alterar rotinas, e com elas surgem algumas preocupações: Sem treinar no ginásio vou perder a minha massa muscular? A minha evolução vai ficar estagnada? Estou a treinar em casa, mas não da mesma forma que treinava no ginásio, vou comprometer os meus resultados? A alimentação deve ser diferente estando a treinar em casa? O que devo comer para continuar a evoluir no meu objetivo? É precisamente com este artigo que procuramos esclarecer todas estas questões, vamos por pontos…   Primeiro, mesmo em casa, como temos visto nas redes sociais de vários ginásios, é possível mantermos os nossos treinos regulares e o mesmo se aplica à alimentação. Aliás até se pode tornar mais fácil realizar as refeições nos horários certos e diminuir as vezes que temos de improvisar uma refeição alternativa porque não temos connosco os alimentos que queremos.    Seguem 7 dicas essenciais para manter (e até ganhar) massa muscular:    O aumento da massa muscular “anda de mãos dadas” com um balanço energético positivo, ou seja, devemos ingerir mais calorias do que aquelas que o nosso organismo gasta. Para isto, devemos aumentar o consumo de alimentos que fornecem proteína, sem esquecer os hidratos de carbono.  As melhores fontes de proteína são as carnes magras (frango, peru e coelho), o peixe, os ovos e os lacticínios (leite, iogurtes e queijos) na sua versão magra. Temos ainda as proteínas de origem vegetal, como as leguminosas (feijão, grão de bico, lentilhas, soja), aveia e frutos oleaginosos (nozes, amêndoas, amendoins, cajus e avelãs).  A quantidade ideal que deve ingerir de proteína por dia pode variar, mas nestes casos pode aplicar-se entre 1,5 a 2 g por kg de peso corporal.  É essencial dividir a proteína pelas várias refeições do dia. Ou seja, devemos evitar ingerir a proteína apenas nas refeições principais, mas sim incluía-la em todas as refeições diárias. Se realizarmos 5 refeições – devemos ter uma proteína em cada uma delas. Realizar uma refeição pré e pós-treino. A refeição pré-treino tem como principal objetivo fornecer a energia necessária (por ex: panqueca de aveia e banana). A refeição pós treino por sua vez deve potenciar a recuperação da massa muscular (por ex: 1 iogurte proteico com 1 peça de fruta e frutos secos). Se bem que mais importante que o pré e o pós-treino, é mesmo o que faz no dia todo. Ingerir uma fonte de proteína à ceia. Durante a noite devido ao jejum tem tendência a ocorrer um processo de catabolismo proteico (degradação da massa muscular), pelo que a ingestão de um laticínio magro, uma barra proteica, ou até uma proteína de suplemento como a caseína permitirá preservar a sua massa muscular neste período.  A suplementação (nomeadamente a proteína whey ou proteína 100% fonte vegetal) pode complementar a sua alimentação, nomeadamente nos pós treinos e no enriquecimento de algumas receitas como as papas, panquecas ou batidos, ou até mesmo na ceia.       Tiago Neto (CP 3982N)   Nutricionista Solinca Classic   Referências Bibliográficas    Slater, G. J., Dieter, B. P., Marsh, D. J., Helms, E. R., Shaw, G., & Iraki, J. (2019). Is an Energy Surplus Required to Maximize Skeletal Muscle Hypertrophy Associated With Resistance Training. Frontiers in Nutrition, 6. doi:10.3389/fnut.2019.00131 Stokes, T., Hector, A. J., Morton, R. W., McGlory, C., & Phillips, S. M. (2018). Recent perspectives regarding the role of dietary protein for the promotion of muscle hypertrophy with resistance exercise training. Nutrients, 10(2), 180. Morton, R. W., McGlory, C., & Phillips, S. M. (2015). Nutritional interventions to augment resistance training-induced skeletal muscle hypertrophy. Frontiers in Physiology, 6. doi:10.3389/fphys.2015.00245 RES, P. T., GROEN, B., PENNINGS, B., BEELEN, M., WALLIS, G. A., GIJSEN, A. P., … VAN LOON, L. J. C. (2012). Protein Ingestion before Sleep Improves Postexercise Overnight Recovery. Medicine & Science in Sports & Exercise, 44(8), 1560–1569. doi:10.1249/mss.0b013e31824cc363 Morton, R. W., Murphy, K. T., McKellar, S. R., Schoenfeld, B. J., Henselmans, M., Helms, E., … Phillips, S. M. (2017). A systematic review, meta-analysis and meta-regression of the effect of protein supplementation on resistance training-induced gains in muscle mass and strength in healthy adults. British Journal of Sports Medicine, bjsports–2017–097608. doi:10.1136/bjsports-2017-097608

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