Como superar a zona de conforto?
Sair da nossa zona de conforto é uma atitude difícil de tomar, no entanto, vamos todos concordar certamente que, se procurarmos resultados diferentes para a nossa vida, o seu comportamento, atitude e ação terá de ser igualmente diferente. Transferindo para o treino no ginásio, treino em casa ou mesmo outdoor, superar a zona de conforto é criar, num certo momento, algum desconforto que permita ao seu corpo reagir, adaptando-se a este novo estimulo. E o que é o desconforto?! Pode ser entendido, por exemplo, como a aquisição de uma nova aprendizagem, realizar um novo e diferente exercício, pode ser aumentar um pouco mais a velocidade ou a carga comparativamente ao ultimo treino, o sentir a frequência cardíaca e a ventilação respiratória a aumentar quando realiza um exercício, percecionar alguma fadiga muscular durante a realização de um exercício, é sentir a progressão do seu treino. Muitas vezes, quando nos apercebemos deste desconforto, optamos por descansar mais, criando intervalos em os treinos ou exercícios maiores que o previsto. E tudo bem, numa perspectiva que o descanso é fundamental, mas tudo tem a medida certa. Se o objetivo é estar cada vez melhor, sentir-se com mais força e energia, ultrapassar a barreia da superação será essencial para continuar nessa batalha. Os nossos professores dar-lhe-ão as recomendações mais indicadas para si, ajudar-lhe-ão a alcançar os seus objectivos. Por isso, quando tivermos naquela prancha de 1 minuto na aula de abdominais, não desista. Quando o Personal Trainer pede para realizar 10 burpees, para melhorar, foque-se na sensação final de superação. E na hora do supino plano com barra, com a melhor carga, quando pensa que no máximo só conseguir realizar 8 repetições, foque-se na meta, confie que chegue às 10 repetições. Existe um indicador de perceção de esforço que nos pode ajudar rapidamente: o tempo de recuperação. Se descansamos menos tempo de que está estabelecido indica que não chegou ao seu à intensidade desejada ou em termos de cargas, pode estar desajustada. E se acontecer o contrário, respeite e reajuste o treino. Uma boa recuperação também faz parte do treino. Ressalvo que, tudo tem de ser adaptado, ajustado às particularidades de cada um e de acordo com os seus objetivos, pois para cada meta são necessários percursos diferentes. Assim sendo, o poder da nossa mente e o desafio de querer ser melhor, produzem a força para chegar mais além. Durante o percurso podemos sentir algum desconforto, por vezes cansaço, mas é o reflexo do esforço para atingir a meta estabelecido. Mas o melhor de tudo, é a sensação final: o dever mais que cumprido, a sensação de bem-estar, a anergia que o vai acompanhar o resto do dia. E sem sombra de dúvidas, que vai querer voltar a experienciar. O segredo aqui é permitir a expansão da sua zona de conforto. Integrar novas experiências, aceitar que o desconhecido influencia a sua zona de segurança e aí, vem a capacidade extraordinária de se adaptar, permita-se expandir neste círculo. Afinal o desconhecido já não é sinónimo de medo, mas sim de mudança, adaptação e experiência. “Insanidade é procurar resultados diferentes e faz sempre a mesma coisa” Albert Einstein