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DIETA SEM GLUTEN 1

Dieta sem glúten

O glúten é um conjunto de proteínas presente no endosperma de vários cereais (como o trigo, a cevada e o centeio). A aveia, apesar de não conter glúten, muitas vezes não é considerada isenta de glúten por existir uma grande probabilidade de contaminação cruzada, dado que os campos de cultivo, as etapas de processamento e o transporte são muitas vezes comuns aos dos outros cereais.   A dieta isenta de glúten está recomendada em casos como doença celíaca, alergia ao trigo e sensibilidade ao glúten não-celíaca. Os sintomas destas patologias podem variar, mas os mais comuns são: distensão abdominal, flatulência, diarreia, dor abdominal e anemia.   Recentemente a dieta sem glúten tem ganho popularidade mesmo em pessoas saudáveis, em grande parte, por ser associada à perda de peso. Apesar do aumento de seguidores da dieta isenta de glúten para a perda de peso, não há evidência cientifica que esta dieta promova a perda de peso em pessoas sem doença celíaca ou sensibilidade ao glúten. Esta perda ponderal pode estar associada à diminuição do consumo de cereais, e por sua vez de hidratos de carbono complexos, sendo estes substituídos por alimentos menos calóricos, como frutas e legumes (quando temos um balanço energético negativo o peso diminui seja com que restrição alimentar for). Há inclusive estudos que indicam que o facto da alimentação sem glúten ser associada a uma escolha saudável, a população tem tendência a consumir maior quantidade, o que pode promover o aumento de peso.   É ainda importante referir que o glúten é uma proteína grande e o nosso organismo não tem enzimas para digerir todos os seus aminoácidos, não havendo uma absorção completa no nosso intestino. Quando ocorre uma digestão incompleta das proteínas verifica-se uma agressão da mucosa, ou seja, uma ação inflamatória. Por este motivo, para além das situações clínicas anteriormente descritas, alguns estudos referem que a dieta sem glúten pode também ser benéfica em situações como psoríase, artrite reumatoide e diabetes tipo 1.   Caso opte por uma dieta isenta de glúten não tendo nenhuma condição clínica que o justifique, deverá estar alerta para:   Risco aumentado de carências de alguns nutrientes (por exemplo: vitamina D, vitaminas do complexo B e minerais); Maior tendência para consumir produtos processados (uma vez que os produtos sem glúten disponíveis no mercado são geralmente mais processados); Baixo aporte de fibra. Um estudo feito com participantes sem doença celíaca concluiu que o grupo que restringiu o consumo de glúten tinha mais tendência a ter uma dieta com menor aporte de produtos integrais, o que se traduziu num risco aumentado de desenvolver doença cardiovascular, quando comparado com o grupo com maior aporte de glúten; Uma exposição aumentada a metais tóxicos, como arsénio e mercúrio (associados ao consumo de arroz e milho); Para além dos fatores acima mencionados, uma vez que o glúten está presente em grande parte dos produtos que estamos habituados a consumir, uma dieta isenta de glúten pode verificar-se muito restritiva, monótona e difícil de manter. Desta forma, apenas é recomendada nos casos em que se verifique alguma condição clínica que o justifique. No entanto, estima-se que apenas 5% da população mundial tenha uma condição clínica que o justifique, mas as estatísticas mostram que atualmente nos Estados Unidos cerca de 20% da população segue uma alimentação sem glúten.   Para garantir uma dieta isenta de glúten deverá ter alguns cuidados, como:   Ler cuidadosamente os rótulos e excluir os produtos que contêm glúten, como trigo, centeio, cevada, aveia, amido modificado, fibras alimentares e leveduras; Armazenar os alimentos sem glúten separados dos restantes alimentos. Caso armazene os géneros alimentares em prateleiras, os produtos sem glúten devem ser colocados nas prateleiras superiores; Preparar sempre as refeições sem glúten em primeiro lugar e utilizar utensílios diferentes para a manipulação e confeção destes alimentos. Utilizar também torradeira e tostadeira exclusiva para produtos sem glúten; Não fritar alimentos sem glúten em óleo que já tenha sido utilizado para fritar outros alimentos;   Caso pense que poderá ter alguma patologia relacionada com o consumo de glúten, deverá consultar o seu médico e fazer análises ao sangue, uma vez que é este o único meio de diagnóstico (e não o teste de intolerância alimentar).  Se os resultados darem negativo, mas apresentar algum dos sintomas acima referidos, consulte um Nutricionista para identificar os alimentos que deve reduzir ou eliminar da sua alimentação, melhorando assim o seu bem-estar e qualidade de vida.   Nutricionista Marta Cardoso (0749N)   Referências bibliográficas:   Reilly NR. The gluten-free diet: recognizing fact, fiction, and fad. J Pediatr. 2016 Aug Lebwohl B, Cao Y, Zong G, Hu FB, Green PHR, Neugut AI, Rimm EB, Sampson L, Dougherty L, Giovannucci E, Willett WC, Sun Q, Chan AT. Long term gluten consumption in adults without celiac disease and risk of coronary heart disease: prospective cohort study. BMJ. 2017 May 2 Gaesser GA, Angadi SS. Gluten-free diet: Imprudent dietary advice for the general population?. J Acad Nutr Diet. 2012 Sep Chandon P, Wansink B. Does food marketing need to make us fat? A review and solutions. Nutr Rev. 2012 Oct

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MUSCULACAO

A importância do trabalho de musculação na saúde e…na busca do corpo perfeito!

Os benefícios da pratica de exercício física na nossa saúde são amplamente reconhecidos por toda a comunidade. De facto, os médicos prescrevem e recomendem a pratica de desporto como adjuvante terapêutico e preventivo de doenças cardiovasculares. No entanto, nos dias de hoje, ainda estamos perante o velho paradigma do treino de endurance, prolongado por longos períodos numa qualquer passadeira ou bicicleta. Mas será, de facto, este o melhor método de treino?   Grande parte da população que se dirige aos nossos ginásios vai em busca de um corpo de sonho, na procura de uma queima calórica que permita eliminar as gordurinhas a mais e controlar o seu peso. Efetivamente a perda de peso e a queima calórica estão de braços dados nesta luta! Mas será assim tao linear?   É importante salientar que perder peso não significa, em muitos casos, perder gordura! É possível “emagrecer” ganhando peso, “engordar” perdendo peso ou ate mesmo perder peso sem “emagrecer”. Confuso? Um pouco, mas se percebermos que o processo de “EMAGRECER” é eliminar os tão indesejados excessos de gordura corporal, fazendo diminuir a sua percentagem, tudo se torna mais percetível.   Ao longo da nossa vida o nosso corpo vai sofrendo alterações. A partir dos 30 anos, mesmo sem darmos por isso, começamos a perder força e massa muscular. Por volta desta idade, começam a ocorrer mudanças subtis na nossa composição corporal que não se refletem nas balanças de casa de banho. Mesmo que o peso se mantenha estável ao longo dos anos, a verdade é que a nossa massa corporal magra começa a decair e a gordura a fazer o caminho inverso. Então, como evitar esta tendência?   Até hoje, a população em geral acredita que os exercícios aeróbios, por proporcionarem um elevado gasto calórico, são a principal ferramenta na busca do corpo perfeito. Assim, atividade como corrida, simuladores de escadas, bicicletas e elípticas são dos aparelhos mais usados no ginásio, acreditando ser esta a solução para a alterações da nossa composição corporal! Contudo, sabendo que a composição corporal é a QUALIDADE do peso em oposição à QUANTIDADE do peso medido nas balanças, está na altura de mudar este paradigma!   Neste sentido, torna-se importante referir que o trabalho de resistência muscular, para alem de também queimar calorias, contribui para o ganho e preservação da nossa massa muscular. Esta manutenção, ou mesmo aumento da massa magra, irá contribuir para que o nosso organismo seja forçado a um maior consumo diário de energia para a sua manutenção, o que se traduz numa maior queima calórica enquanto respira, dorme, e até mesmo, enquanto vê a sua serie preferida sentada no conforto do seu sofá.   Por outro lado, fortalecendo os músculos e as articulações, é possível aumentar a intensidade e duração do treino cardiovascular, melhorando desta forma a qualidade dos treinos aeróbios e atividades desportivas. Vai torna-lo mais resistente às lesões, melhorar a sua dor de costas e com melhor postura corporal. O treino com pesos vai ainda ajudar a definir os contornos do seu corpo, ajudando a obter uma barriga mais lisa, os braços mais definidos e as pernas mais fortes.   Sendo assim, é altura de questionar: ainda vai continuar a negligenciar o trabalho de musculação?   Posto isto, o importante a reter deste artigo não é abolir o trabalho cardiovascular do seu treino. Pelo contrario, uma rotina de treinos deve ser SEMPRE composta por uma combinação de exercícios cardiovasculares e exercícios de musculação, no sentido de assegurar o equilíbrio necessário para se atingir os ambicionados objetivos.   Bons treinos!

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salada polvo

Salada de polvo

Sabia que o polvo tem cerca de 23g de proteína e apenas cerca de 1g de gordura por cada 100g? Esta é uma excelente sugestão de refeição rápida e fresca para os dias mais quentes, assim como nutricionalmente rica em proteína e pobre em gordura.   Ingredientes:   – 1 polvo (+/- 1 kg) – 2 cebolas – 1 dente de alho – 3 tomates – ¼ de pimento vermelho – ¼ de pimento verde – 1 colher de sopa de azeite – 1 ramo de coentros – azeitonas para decorar – vinagre de sidra e balsâmico, sal, pimenta a gosto   Preparação:   Cozer o polvo com 1 das cebolas. Quando estiver cozido, deixar arrefecer e cortar em pedaços. Picar a outra cebola, juntar os pedaços de polvo e os pimentos previamente cortados aos cubos. Adicionar o tomate cortado em cubos e temperar a gosto. Decorar com os coentros e as azeitonas. Pode acompanhar com tostas integrais ou fatias de pão de centeio torrado e obtém uma refeição principal completa.   Nutricionista Marta Cardoso

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