Ambas são modalidades Les Mills, em cima de uma bicicleta estacionária e coreografadas pela mesma equipa de profissionais. O importante será agora perceber qual a diferença que estas duas modalidades podem oferecer aos seus participantes. Ambas estão conectadas ao treino de alta intensidade, HIIT, contudo existem diferenças para que possam ser comercializadas. Para começar qualquer uma das aulas devemos estar sempre 100% alinhados com a segurança, ou seja, bem instalados na bicicleta (sentados correctamente, aquando uma perna esticada em baixo, deverá haver ligeira flexão do joelho e confortável posicionamento do tronco para agarrar no guiador). A partir daqui podemos começar a criar algumas diferenças, o RPM terá a duração de 45 min (duração normal), 60 min e 30 min, enquanto o SPRINT apenas tem o formato 30 min, não invalidando desde já que o participante poderá sair da aula quando assim o entender (fadiga, horário, etc). Quanto ao formato da aula, podemos dizer que é muito semelhante, pois aparece com um aquecimento, uma parte fundamental e um retorno à calma. Apesar disso, no SPRINT, o aquecimento é acelerado, para rapidamente entrar na vertente treino e o retorno à calma é mais livre (flush). De modo geral podemos dizer que no RPM vamos abordar o treino pedalando em grande parte do tempo na batida da música (adequando a resistência para isto acontecer), variando a resistência, velocidade e posição do corpo de modo a usufruir dos diversos sistemas energéticos que o nosso corpo nos disponibiliza, tendo pelo meio períodos de recuperação. Ou seja vamos nós desafiando em termos de resistência e velocidade de modo a mantermos a cadência/batida que é pedida. Por outro lado no SPRINT vamos encarar o treino, como um “treino” em cima de uma bike (é o nosso material de treino), onde vamos alternar o uso dos nossos sistemas energéticos, com mudanças de velocidade, carga e posição. Embora ambos possam parecer iguais, no SPRINT há uma exigência superior da nossa condição física, porque é-nos pedido que pedalemos sempre ou quase sempre no nosso máximo de velocidade, força ou potência, levando-nos assim muito mais rapidamente à exaustão, cardiovascular e muscular. Assim sendo se tivermos que parar ou abrandar mais vezes, não há problema, porque estamos a dar o nosso máximo, logo todas as pessoas independentemente do seu estado de condição física podem e devem fazer a aula. As vantagens destes tipos de treino prendem-se com a melhoria da condição física geral, redução de pressão arterial, colesterol total, FC Repouso, aumento de HDL, volume arterial, capacidade aeróbia, melhoria da função cardíaca e ainda elevados gastos energéticos, aumentando o EPOC (Excess post Exercise oxygen consumption). Depois de realizarmos atividade física acontece sempre o EPOC, agora a diferença prende-se com a intensidade, ou seja, quando maior for a intensidade do treino, maior será o EPOC. Deste modo depois de um treino de SPRINT o nosso EPOC tende a ser maior, logo o gasto energético total também será maior, comparando com o mesmo tempo de treino. Em termos de benefícios para a saúde, ambos são fantásticos e se conseguirmos juntar um trabalho de força, mobilidade e flexibilidade, teremos então a plenitude do nosso bem-estar.