O Exercício Físico e a Obesidade
De acordo com Rodrigo Ruivo (autor do livro Novo Manual de Avaliação e Prescrição do Exercício) e citando American College of Sports Medicine (2013) a atividade física é definida como qualquer movimento corporal que exija gasto energético. Exercício físico por sua vez é uma atividade física voluntária, planeada e estruturada que tem o objetivo de melhorar tanto a condição física como a saúde. O desporto é um exercício físico regulamentado e, dependendo do tipo de modalidade, é controlado por determinadas regras. Pode ser de carácter coletivo ou individual, tendo a finalidade de atingir melhores resultados a nível pessoal ou competitivo. Já a aptidão física é definida como um conjunto de qualidades que as pessoas possuem ou alcançam, organizando-se em três áreas distintas: skills (equilíbrio, coordenação, agilidade), saúde (aptidão cardiorrespiratória, força e resistência muscular) e fisiologia (aptidão metabólica, óssea, entre outras). Verificando os dados de Eurobarómetro especial da comissão europeia (2013), Ruivo (2019) afirma que Portugal é dos países com maior taxa de sedentarismo do continente europeu, sendo que apenas 28% dos portugueses realiza exercício físico ou pratica desporto de forma regular. Por outro lado, e apresentando dados ainda mais preocupantes, Mariovoet (2001) expõe um estudo sobre os hábitos desportivos da população portuguesa, no qual se estima que só 23% da mesma realiza alguma prática desportiva (Ruivo, 2019). A prática regular de exercício físico proporciona a estimulação do sistema imunológico, melhora a circulação sanguínea, ao mesmo tempo que reforçam a qualidade de vida e ajudam a prevenir a obesidade e outras patologias, nomeadamente cardiopatia, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2. (Bruce, 2019; Stampfer, Hu, Manson, Rimm, & Willett, 2004). A obesidade é caracterizada como uma síndrome crónica e multifatorial que tem influência a vários níveis, nomeadamente biológico, psicológico e social. Apesar de ser uma patologia evitável, há cada vez mais pessoas que sofrem de obesidade, sendo que em 2017 os dados apontaram para mais de 1,9 biliões casos em adultos. (WHO, 2017). Segundo Nogueira, Arruda, Sampaio, Rodrigues, Silva, Farias e Sabóia (2019), aliando-se a Del Duca, Nahas, Garcia, Mota, Hallal e Peres (2013), são vários os fatores que contribuem para a obesidade, incluindo a elevada carga horária de trabalho (associado à falta ou ao pouco intervalo entre elas e às ocupações laborais adicionais), a inatividade física, a falta de dietas ou cuidado com uma alimentação disciplinada e o consumo de álcool e tabaco. A Direção Geral da Saúde (2015) elaborou um relatório no qual revelam que, naquela data, em Portugal, 14% das crianças eram obesas e mais de 35%, cujas idades rondavam os seis-oito anos, já apresentavam um índice de massa corporal superior àquele que é indicado para a sua idade e sexo. Para além disso, afirmam ainda que os jovens que têm entre dez e dezoito anos apresentam uma taxa de sobrepeso superior a 30%, e 8% de obesidade. Desta forma é urgente que, desde cedo, as pessoas adquiram hábitos de prática de atividade física e os prolonguem durante toda a sua vida, de modo a proteger a saúde da população e a contrariar o sedentarismo que se apresenta como um fator de risco. É importante que a família e os professores tenham o cuidado de incentivar as crianças para atividades lúdicas promotoras de atividade física, reduzindo o tempo que estão sentadas, paradas e em frente a monitores. (Direção Geral de Saúde, 2015). Conte connosco para o ajudar a tornar o dia mais activo. Mais movimento é mais saúde! Rafael Patronillo Personal Treinar Solinca Rio Tinto