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corrida consciente

Uma corrida consciente

A corrida tornou-se uma atividade bastante popular ao longo dos anos. É certo que manter um estilo de vida ativo é crucial no que toca à melhoria e manutenção da saúde, tais como o aumento da saúde cardiovascular e metabólica ou melhores respostas psicossociais, diminuindo assim o risco de algumas doenças crónicas.1 É com base nestes benefícios que aproximadamente 23% dos portugueses ativos praticam corrida como parte integrante dos seus treinos. No estudo realizado pela Direcção-Geral de Saúde em Portugal, cerca de 16% dos praticantes de atividade física até aos 35 anos praticam corrida regular. Pela fácil acessibilidade, o perfil de um corredor mostra grande diversidade, tornando-se assim importante correr com consciência, por forma a impedir o aparecimento de lesões associadas a corrida. Importa assim mostrar que a relação entre correr pela saúde e correr com impactos negativos para a saúde é muito subtil. Benefícios como melhorias da capacidade cardiorrespiratória, redução e regularização do colesterol, diminuição de massa gorda podem ser infrutuosos quando os relacionamos com a percentagem elevada de risco de lesão em corredores inexperientes,2 sendo que a origem poderá estar associada a desequilíbrios musculares e técnicas rudimentares de corrida. Tratando-se de uma atividade com impacto, que requer amortecimento e transferência de peso de uma perna para a outra, a densidade óssea também é um parâmetro que é positivamente influenciado pela modalidade. A corrida é uma tarefa exigente, que envolve a sinergia de diversos grupos musculares em simultâneo, tais como os isquiotibiais, os glúteos, os quadríceps, os músculos abdominais, entre outros não menos importantes, que contribuem para a estabilização no impacto com o solo.  Sendo uma tarefa tridimensional3 a coordenação motora e muscular envolvida é, por isso, inquestionável. Autores mostram que a corrida com o tronco ligeiramente inclinado para a frente é uma forma de melhorar a biomecânica da corrida. Essa inclinação, posiciona o centro da gravidade do nosso corpo mais perto da perna da frente, o que facilita a impulsão e pode até diminuir a sobrecarga sobre a articulação do joelho, transferindo-a para a cadeia posterior (glúteo e isquiotibial) conseguindo assim acelerar naturalmente e envolver o corpo todo na ação. Assim, torna-se importante o reforço de todos os músculos corporais através do treino de força, resistência e flexibilidade, pois são fundamentais para uma melhor resposta dos ossos, músculos e articulações propulsores da corrida, o que leva a uma melhoria da eficiência da tarefa e, consequentemente a um aumento da condição física geral.4 Assim, de uma forma global, o antes e o após, de uma corrida torna-se fundamental para a prevenção de lesões tal como acima referido. O aquecimento, tal como em todo o tipo de treino é crucial para uma mais adequada preparação para a execução da tarefa de corrida. O aquecimento contribui para colocar as articulações e músculos numa posição mais favorável para tolerar melhor o esforço da corrida, elevar a temperatura corporal que permite o aumento do fluxo de sangue e essencialmente preparar a mente para um esforço contínuo. A título de exemplo, poderá ser pertinente fazer alguns exercícios que deem aos músculos capacidade contrátil como simples agachamentos, lunges. Assim como preparar o abdominal para o amortecimento de impacto com algumas pranchas ou crunches. Finalizada a corrida, é importante dar tempo para que a frequência cardíaca volte ao normal, continuando a caminhar um pouco como retorno à calma, terminando com o alongamento pois promove a amplitude de movimento articular, ajuda na prevenção de lesões, como também melhorar o desempenho físico e a qualidade de vida.5 Boas Corridas! Referências Bibliográficas 1 Bertelsen, M., Hulme, A., Petersen, J., Brund, R., Sørensen, H., Finch, C., . . . Nielsen, R. (2017). A framework for the etiology of running-related injuries. Scand Journal of Science and Sports, 1170–1180. 2 Junior, L., Pillay, J., Mechelen, W., & Verhagen, E. (2015). Meta-Analyses of the Effects of Habitual Running on Indices of Health in Physically Inactive Adults. Sports Medicine, 1455–1468. 3 Gottschall, J., & Hastings, B. (2019). An integrated core training program improves joint symmetry and metabolic economy in trained runners. Journal of Sports, Medicine and Physical Fitness, 2003-2008. 4 Docherty, D., & Sporer, B. (2000). A proposed model for examining the interference phenomenon between concurrent aerobic and strength training. Sports Medicine, 385-394. 5 Pollock, M., Gaesser, G., Butcher, J., Després, J., Dishman, R., Franklin, B., & Garber, C. (1998). The recommended quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory and muscular fitness, and flexibility in healthy adults. Medicine and science in sports and exercise, 975-991.

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como poupar nas refeicoes

Como poupar no momento de confecionar as refeições?

De facto, tudo começa com um bom planeamento. Neste processo criativo devemos considerar os hortícolas e as especiarias como ingredientes mágicos para conferirem cor, sabor, aroma e ainda adicionar valor nutricional às nossas refeições. Envolva a sua família, incluindo as crianças, na preparação das refeições, com os devidos cuidados de segurança e, assim estará também a proporcionar mais um divertido momento de convívio familiar. Dado o panorama de saúde pública que se vivencia atualmente torna-se ainda mais fundamental saber como poupar, assim, ficam aqui algumas dicas: 1. Lembre-se da sopa. A sopa é uma forma saudável e saborosa de confecionar os hortícolas. Inicie as refeições principais com um bom prato de sopa de legumes. Para poupar, faça uma base de sopa para 1 semana, podendo congelar ou guardar no frigorífico em doses diárias/individuais. Cada dia pode adicionar um hortícola diferente à base já feita. 2. Abuse dos “pratos de panela“ Os “pratos de panela” (caldeiradas, jardineiras, cataplanas, ensopados…) são ideais para obter uma refeição saudável, com aroma, sabor e muita cor. O método de confeção utilizado nestes pratos é o estufado; a grande variedade de ingredientes (hortícolas, leguminosas,…) que é utilizada nestes pratos permitirá, sem dar por isso, reduzir à quantidade de carne/pescado, poupando dinheiro. Além de que pouca na energia, pois cozinha tudo num só tacho. A receita é simples: Coloque na panela uma boa quantidade de cebola, alho, alho francês, tomate, cenoura ou pimento; adicione um pouco de água e deixe cozer em lume brando. Adicione o(s) alimento(s) que pretende cozinhar (carne/ pescado) e adicione mais um pouco de água. Por fim adicione uma pequena quantidade de azeite (cerca de 1 colher de sobremesa por pessoa) e deixe estufar (assim é que faz um estufado saudável). 3. Experimente preparar algumas refeições sem carne/pescado O ovo é uma excelente alternativa à carne e pescado, com a vantagem de ser mais barata. Laticínios (neste caso o queijo fresco) também são bons fornecedores proteicos. Arroz com feijão e massa com grão como combinações perfeitas para obter proteínas completas. 4. Faça um maior número de doses Aproveite o tempo disponível para confecionar em maior quantidade. Pode reaquecer a mesma refeição ou, a partir de um determinado prato, recriar novas refeições, como por exemplo: Frango estufado com arroz de ervilhas – empadão de frango, massa de frango, arroz de frango no forno, etc. Pescada estufada com puré de batata – empadão de peixe, arroz de peixe, massa de peixe, etc. 5. Reutilize as sobras alimentares com segurança Não ter sobras é um dos objetivos importantes a considerar na fase do planeamento das refeições. As sobras podem ser utilizadas por aquecimento mantendo o mesmo prato culinário ou também, dependendo da quantidade que sobrou, podem ser utilizadas para criar novas alternativas de refeição. Seguem-se alguns pratos que podem ser preparados a partir de sobras: Hortícolas – Sopa, Esparregado, Arroz de legumes, Puré de legumes, Sandes Fruta madura – Puré de fruta, Batidos de fruta, Compotas, Sobremesas Pão – Torradas, tostas, açordas, ensopados e migas Batatas – Puré de batata, Sopa, Saladas frias Carne/Pescado – Empadão, Saladas, Sandes, Rissóis/Croquetes, Massadas, risotos Arroz ou Massa – Arroz/massa no forno, Empadão de arroz, Sopa, Arroz doce 6. Gestão energética Sabia que? O micro-ondas é o equipamento mais eficiente em termos energéticos, seguindo-se o fogão e por fim o forno. A confeção dos alimentos tem um peso de aproximadamente 4% nas faturas do gás e da eletricidade. Pode parecer pouco, mas minimizar o seu custo é importante. Modificar comportamentos na hora de cozinhar, utilizar métodos de confeção ou equipamentos de cozinha com maior eficiência energética pode reduzir a quantidade de energia utilizada e, consequentemente, reduzir o valor das contas ao final do mês. Dicas: Use a chaleira para ferver água em vez do fogão. Use a torradeira para torradas em vez de as fazer no forno ou no fogão. Descongele alimentos no frigorífico durante a noite antes de cozinhar. Corte os alimentos em pedaços menores, utilize a panela de pressão e cozinhe com menor quantidade de gordura e água – Reduz o tempo de cozedura. Mantenha o fogão e o forno bem limpos – É essencial para uma maior eficiência energética. Coloque sempre as tampas nas panelas para manter a temperatura. Escolha o tamanho da boca/chapa de aquecimento adequado para o tamanho da panela. Confecione mais do que um alimento na mesma panela ao mesmo tempo. Não cozinhe os alimentos por um tempo excessivo. Mantenha o forno fechado enquanto está a cozinhar. Os recipientes de vidro ou cerâmica são mais eficientes para usar no forno – pode baixar de 25ºC a temperatura do forno e cozinhar os alimentos com a mesma rapidez. Se o forno for elétrico, desligue-o 10min antes do final do tempo de confeção pois durante este período a temperatura mantem-se. Faça o dobro da quantidade para algumas das refeições que confecionar e depois refrigere ou congele metade para aquecer mais tarde. Para aquecer alimentos, alimentos já confecionados e “sobras” prefira primeiro o micro-ondas, como segunda opção o fogão e em alternativa o forno. Receita para aproveitar sobras – Tortilha de legumes no forno Ingredientes (6 pessoas): 6 ovos 1 alho francês 1 cenoura ralada 1 cebola ½ pimento vermelho ½ pimento verde 1 courgette pequeno 2 batatas médias Coentros picados Sal e pimenta q.b. 4 colheres de sobremesa de azeite Modo de Preparação: Comece por cortar os legumes e faça um pequeno estufado com o azeite e deixe amaciar os legumes. Tempere com os coentros picados. Corte as batatas às rodelas e coza. Bata os ovos e tempere com sal e pimenta. Coloque num recipiente próprio para ir ao forno uma camada de batatas às rodelas, por cima coloque uma camada de legumes e por fim regue com os ovos. Leve ao forno pré-aquecido a 180º, durante mais ou menos 30 minutos. Receita para substituir o tipo de peixe, neste caso do cherne – medalhões de maruca com laranja Ingredientes (4 pessoas): 600g de lombos de maruca limpos de pele e espinhas 1 cebola 2 dentes de alho 1 folha de louro 2 laranjas 4 colheres de sobremesa de azeite 1 raminho de salsa ou coentros

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Combata o Stress

Combata o Stress

O Stress é considerada uma das principais doenças deste século. A vida moderna é cheia de dificuldades, prazos, frustrações e exigências. Para muitas pessoas o stress é tão comum que se tornou, quase, um modo de vida. De acordo com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Stress significa “tensão” e dele fazem parte todas as perturbações físicas e psicológicas que prejudicam ou entravam a nossa tranquilidade. Apesar de não ser a causa principal de problemas cardíacos, o stress pode contribuir para os despoletar ou agravar, uma vez que, entre outras consequências, faz subir a pressão arterial, dificulta a cicatrização, torna-nos mais vulneráveis a ataques patogénicos exteriores¹. Neste sentido, é fundamental aprender a relaxar e a levar uma vida, dentro do possível, tranquila. Uma das estratégias para reduzir o stress e melhorar o humor que, não só torna as pessoas mais felizes, como traz outros efeitos positivos ao longo do tempo: é a prática de exercício físico. Neste sentido, hoje damos-lhe a conhecer uma modalidade de grupo que lhe irá permitir alcançar esse estado de maior tranquilidade, pela libertação do seu stress acumulado, enquanto treina e se diverte. Aceita o desafio? Apresentamos-lhe o Body Combat. O Body Combact é umas das várias modalidades da Les Mills inspirada nas artes marciais e que combina movimentos e posições desenvolvidas a partir de uma série de disciplinas de auto-defesa, incluindo o Karaté, o Kickboxing, o Tai-Chi e o Taekwondo. Tudo isto acompanhado por música altamente motivante e uma grande adrenalina, onde fazemos movimentos como murros, golpes, pontapés e katas, mas tudo sem contacto imaginando apenas um adversário. Foi especialmente desenvolvido para que qualquer pessoa o possa praticar independentemente do seu passado desportivo e tem como objetivo reduzir o stress, promover uma atitude positiva e proporcionar um bem-estar geral. É um programa cardiovascular que cria uma boa condição cardiorrespiratória, melhora as funções pulmonares a e capacidade aeróbia. Este programa é também uma forma eficaz de queimar calorias (cerca de 500kcal por aula), melhorar a força muscular e a velocidade. Caso seja a primeira vez nesta aula ou não esteja habituado a treinar, informe o instrutor à entrada do estúdio e ao longo da aula ele irá ajudá-lo(a). O mais indicado será começar por fazer apenas 30 minutos da aula e gradualmente vai aumentando a duração do seu treino. Desta forma, promove uma adaptação gradual do seu corpo, vai aumentando a sua resistência física, conhecendo os movimentos e dominando a execução técnica dos mesmos. Mas acima de tudo divirta-se! O Body Combat dá-lhe a oportunidade de mostrar o guerreiro que há dentro de si! Estamos à sua espera! Boas Aulas! ¹Sociedade Portuguesa de Cardiologia, disponível em: http://www.fpcardiologia.pt/saude-do-coracao/factores-de-risco/stress/ consultado a 15 de Dezembro de 2021.

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