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cafeina e performance desportiva

Cafeína e performance desportiva

O café surgiu na Etiópia e, rapidamente, se alastrou por todo o mundo, sendo atualmente uma das bebidas mais populares. O cafeeiro, planta do café, inclui cerca de 6000 espécies, sendo as mais comercializadas a coffea arabica e coffea canephora. Distinguem-se sob o ponto de vista organolético, pela intensidade de sabor e acidez (arabica mais ácida e menos amarga) e sob o ponto de vista nutricional, distinguem-se pelo teor de cafeína e polifenóis, contendo a arabica menor teor de cafeína. São muitas as substâncias que entram na composição dos grãos de café. Para além de cafeína, contêm micronutrientes como vitaminas, principalmente do complexo B (niacina) e sais minerais como potássio, fósforo, magnésio e cálcio. Apresenta ainda, na sua composição compostos nitrogenados, lípidos, hidratos de carbono e polifenóis, dos quais o ácido clorogénico, com elevado poder antioxidante. Para além das propriedades fisiólógicas e farmacológicas que oferecem à saúde, os ácidos clorogénicos, são responsáveis pelo sabor e aroma característicos. A tigonelina é outro composto do café com elevada riqueza nutricional, tendo efeito sobre o sistema nervoso central, sobre a secreção de bílis e na motilidade intestinal. Durante a torrefacção, esta substância será convertida em niacina, o que faz do café um dos únicos alimentos que aumenta o seu valor nutricional após o processamento térmico. A cafeína além de estar presente em alguns suplementos alimentares, está naturalmente presente no guaraná, na noz de cola, no café, no cacau, folhas de chá, chocolate e pode ser adicionada em bebidas. O consumo de cafeína e os benefícios na saúde Diversos estudos realizados conferem à cafeína um efeito protetor na prevenção e/ou tratamento de patologias do foro neurológico, cardíaco, oncológico, hepático, endócrino, renal e ósseo. De acordo com a Food and Drug Administration (FDA), a ingestão de 300 mg de cafeína por dia (três chávenas de 150 ml de café expresso) não representa risco para a saúde de adultos  saudáveis. No entanto, existem alguns grupos em que se deve reduzir/restringir o seu consumo, como hipertensos, idosos, grávidas, lactantes ou mulheres que planeiem engravidar. Em excesso, esta substância pode provocar sintomas não desejados, como irritabilidade, dores de cabeça, insónia, diarreia e palpitações. Cafeína e o seu impacto na performance desportiva Os primeiros estudos publicados sobre o efeito ergogénico (quando um determinado suplemento melhora significativamente o desempenho de uma determinada tarefa) da cafeína foram feitos no início do século 20. A cafeína atinge a corrente sanguínea cerca de 30 a 45 minutos após o seu consumo. Para ter efeito na performance desportiva, deve ser consumida entre 3 – 6 mg/kg de peso corporal, sendo que doses superiores a 9 mg/kg de peso corporal não parecem demonstrar qualquer benefício. O consumo desta substância, sob a forma de bebidas ou suplementos (tabela 1) apresenta vantagens como melhoria da atenção, vigilância, redução da sensação de fadiga e de dor muscular e aumento da sensação de força – contribuindo para o aumento da performance desportiva. Bebida / Suplemento Café Instantâneo (1 chávena) Café Expresso (1 chávena) Chá (folhas/saquetas) (1 chávena) Refrigerante tipo cola (33 mL) Bebida energética Pre workout Optimum Nutrition Quantidade de cafeína 60 – 70 mg 100 – 150 mg 20 – 60 mg 35 – 65 mg 90 mg 95 mg Tabela 1: Quantidade de cafeína em bebidas e suplementos Se pretende utilizar a cafeína para aumentar o rendimento desportivo, aconselha-se que experimente em fase pré-competitiva e que inicie com doses de 3 mg/kg de peso corporal e vá aumentando gradualmente, dentro dos valores recomendados, de forma a que não seja ultrapassada a dose tolerada, evitando distúrbios gástricos e psicomótores, mas o Nutricionista será essencial para orientar este processo. Filipa Esposeiro (3090N) Nutricionista Solinca Light Bibliografia Balinha, J. R. (2008). SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS NO DESPORTO. Porto, Portugal. Correia, A. S. (2015). A EFICÁCIA DIFERENCIAL DOS SUPLEMENTOS NA PERFORMANCE DESPORTIVA. Lisboa, Portugal. Romeiro, S., & Delgado, M. (2012). A Saúde numa Chávena de Café. Revista Nutrícias.

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Ainda em casa e agora

Ainda em casa e agora?

Se há uns meses nos dissessem que viveríamos uma realidade que só conhecíamos nos filmes ou séries, chamaríamos de loucos! Nunca na vida! Mas a verdade é que aqui estamos, à cerca de um ano, num dia-a-dia ainda novo e a exigir que nos adaptemos a uma realidade que nos é estranha. Reorganizarmo-nos e definir o que fazer para nos sentirmos bem, ativos e produtivos estando em casa não é tarefa fácil. Se até há bem pouco tempo desejávamos ter uns dias para ficar em casa, literalmente a olhar para o teto, hoje as paredes da casa ficam cada vez mais pequenas e sair para ir trabalhar já nos faz falta. As tarefas que sempre deixamos no “depois faço”, “depois arrumo”, finalmente estão feitas, tivemos tempo. Mas e agora? O que faço? Sabemos que temos e devemos nos resguardar em casa mas e estes sentimentos que nos invadem? Como o gerir? Como ocupar o meu tempo? Abandonar as rotinas ou sentimento de liberdade é assustador. Não saber o que fazer com tanto tempo livre é assustador. Não podermos estar com os nossos familiares e amigos, é assustador. Somos humanos e, por si só, seres sociais. Gostamos do contacto social, do convívio, de estar com os nossos, de nos relacionarmos. Privarmo-nos disso, mexe connosco, sentimos falta, pelo que altera/afeta o nosso estado psicológico. A forma como vamos reagir numa situação de isolamento vai ter em consideração quem somos e as nossas experiências de vida, não existe uma forma “certa” de reagir, no entanto, após algum tempo é comum sentirmo-nos entediados, aborrecidos, parece que o tempo não passa e o futuro incerto traz-nos ansiedade, medo e preocupação connosco, com os nossos e com o mundo em geral. Esta angústia e frustração, em estarmos impedidos de realizar as nossas rotinas e atividades habituais, pode levar a um maior índice de irritabilidade, a uma comunicação mais agressiva, sem darmos conta estamos a discutir com os parceiros de casa pela coisa mais insignificante. Por vezes, até sentimo-nos tristes, zangados e sós, afastados do “resto do mundo”. Então, é preciso cuidar (ainda mais) de nós! Surgem assim várias dicas quer a nível psicológico, quer comportamental, quer familiar, para que melhor lidemos com o stress e nos mantenhamos ativos e positivos durante esta fase. É aqui que surge o exercício físico como forma de manter, dentro do possível, as nossas práticas e hábitos de vida saudáveis que nos ajudam a manter o equilíbrio e uma mente sã. Vamo-nos então focar no exercício físico e na importância do mesmo. Numa fase como a que passamos muito se tem falado sobre exercício físico e os seus benefícios. Mas afinal quais as vantagens? Há diferenças entre ter uma prática continuada para quem quer iniciar agora? É geral a noção de que o exercício físico é bom para a nossa saúde, para o nosso organismo, afinal torna-nos mais fortes e resistentes. O exercício físico estimula o sistema cardiovascular, o sistema muscular-esquelético, o sistema imunológico, entre outros. E quanto mais regular a prática de exercício físico mais reforçados são os nossos sistemas, mais se verificam as suas melhorias. Então para quem não fazia exercício não vale a pena iniciar agora? Mas é claro que vale, o exercício vai trazer melhorias, o que não vale é adiar mais! É importante referenciar que, o facto de iniciar agora não quer dizer que já vai estar com o sistema imunológico reforçado. Não é algo instantâneo, mas algo que surge com prática regular do exercício, sendo importante manter estes hábitos, por forma a usufruir de todos os benefícios que o exercício físico traz. A pressão de estarmos fechados em casa torna-nos mais molengões, sentimo-nos fisicamente mais em baixo e o corpo acumular energia surgindo assim a necessidade de nos mexermos. Exercícios simples com o peso corporal, além de permitirem tonificar os nossos músculos, são eficazes para desgastar essas energias acumuladas e não nos sentirmos tão “presos” ou “enferrujados”. O exercício físico traz essas adaptações agudas, pequenos efeitos, que no momento nos sabem tão bem e efetuam alterações hormonais que permitem estar/sentir mais relaxados. Que esta reflexão permita perceber a importância de definir e manter as nossas rotinas quer pessoais, quer familiares, quer de trabalho e, pelos motivos óbvios, as de exercício físico devem estar incluídas. Não só com o objetivo de nos manter ativos e com a mente ocupada mas para termos efetivamente tempo para tudo, afinal devemos levar à letra aquele velho (e sábio) ditado: “mente sã em corpo são”, criando assim um novo (e mais saudável) modo de estar.

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folar de pascoa

Receita Páscoa pelo mundo – Folar de Páscoa transmontano

Ingredientes: 400g de farinha de aveia 150g de farinha de trigo integral 2 ovos 100 de leite magro morno 20g de fermento de padeiro 20g de adoçante em pó 15ml de azeite Sumo de meia laranja 1 colher de café de canela em pó 1 colher de café de erva doce Sal q.b. Recheio 200g de Frango Salsa, orégãos, cominhos q.b. Pimentão doce q.b. Modo de preparação: Dissolver o fermento e o adoçante em leite magro morno e deixar repousar por 5 minutos; Dispor a farinha em cima da mesa, e abrir uma cavidade no centro para adicionar 1 ovo, o azeite, o sal e a mistura do fermento com o adoçante, o sumo de uma laranja, erva doce e a canela em pó. Misturar muito bem e trabalhar a massa até se descolar da mesa e das mãos; Fazer uma bola com a massa e cobri-la com um pano para levedar, em local quente, até a massa triplicar de volume (mais ou menos 1h30mn); Enquanto isso cozer, desfiar e temperar o frango com ervas aromáticas e pimentão doce; De seguida grelhá-lo numa frigideira antiaderente durante 5 minutos com o mínimo de azeite; Depois da massa estar levedada, dispô-la sobre a mesa polvilhada com farinha e estendê-la com um rolo em forma de retângulo. Espalhar metade do frango numa das pontas do retângulo. De seguida dobrar e cobrir o frango com a massa. Dispor em cima o restante frango e cobrir com a outra parte da massa; Apertar a massa de modo a que o frango fique bem escondido e fechar bem as extremidades; Colocá-lo num tabuleiro de forno previamente untado com azeite, cobri-lo de novo com um pano para levedar por mais 30 minutos; Entretanto, ligar o forno a 180º. Pincelar toda a massa com um ovo batido e levar ao forno durante 45 minutos; Retirar e deixar arrefecer um pouco, pincelar com azeite e servir morno ou frio. Informação Nutricional   Total (10 porções) Por porção Calorias (Kcal) 2586 259 Gordura (g) 56 7       Saturada (g) 11 1 Hidratos de Carbono (g) 356 36         Açúcares (g) 27 3 Fibra (g) 41 4 Proteína (g) 155 16 Anízia Jesus (CP 3035NE) Nutricionista Estagiária Solinca Classic

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