A suplementação é um dos temas do momento, mas que suscita, naturalmente, muitas dúvidas. Antes de falarmos especificamente das proteínas whey, importa esclarecer o conceito de suplementos. Estes são constituídos por fontes concentradas de determinados nutrientes ou outras substâncias, normalmente também presentes nos alimentos em natureza, que vão exercer um efeito nutricional ou fisiológico. Os suplementos surgiram para complementar uma alimentação deficitária e, consequentemente, prejudicial para a saúde. Apesar de uma alimentação variada e equilibrada permitir suprimir habitualmente as necessidades nutricionais de um indivíduo, dependendo do estilo de vida e do exercício físico praticado, pode ser necessário recorrer a suplementos para colmatar a insuficiência de alguns nutrientes no organismo. Os suplementos têm, portanto, como função complementar (e não substituir) uma alimentação saudável. Há também uma outra questão em que os suplementos se tornam vantajosos – pela sua conveniência de utilização. O seu consumo é cada vez mais comum, contudo a recomendação de um nutricionista é fundamental para ajustar as doses e momentos de toma às suas necessidades nutricionais e objetivos. Proteína A proteína é um nutriente essencial para construir, manter e reparar os músculos. Uma vez que a prática de exercício físico aumenta a oxidação e degradação das proteínas intramusculares, é fundamental uma ingestão proteica adequada. Esta deve fornecer aminoácidos essenciais para a síntese das proteínas musculares e para minimizar a sua degradação. Desta forma é importante considerar tanto a qualidade quanto a quantidade de proteína a ingerir, atendendo às necessidades individuais. Quando falamos em qualidade referimo-nos a proteínas de elevado valor biológico, ou seja, que forneçam uma boa proporção de aminoácidos essenciais. A proteína whey é considerada uma proteína de alto valor biológico. A ingestão de proteína de elevado valor biológico deve ser fracionada ao longo do dia para poder estimular a síntese proteica e inibir o catabolismo proteico. Simplificando, para estimular o ganho de massa muscular e inibir a sua degradação. Sendo também importante a sua ingestão pelo menos nas 2 horas após o exercício. Existem diversos tipos de proteínas, como as caseínas, albuminas… neste artigo vamos centrar-nos nas proteínas whey. Proteína Whey Quando se fala em suplementos para o aumento da massa muscular, o pensamento imediato e, muitas vezes único, é Proteína de Soro de Leite, vulgarmente designada por Whey . A proteína whey é então uma proteína que deriva do leite. Estamos perante uma proteína que, não só contém todos os aminoácidos essenciais como também apresenta um rápido esvaziamento gástrico e rápida absorção. Existem, basicamente, 3 tipos de proteína Whey: a concentrada, a isolada e a hidrolisada, e a sua diferenciação é feita de acordo com o processo de filtração a que são submetidas. Na escolha da utilização de algum tipo de Whey, primeiramente devem definir-se os objetivos, considerar a quantidade de proteína em relação a outros nutrientes, eventuais alergias/intolerâncias e, obviamente, o preço. – A proteína Whey concentrada tem um teor de proteína entre os 55- 80%, fornecendo também hidratos de carbono (lactose) e gordura, constituindo a opção mais simples e, por isso, mais barata. Deve ter mais cuidado com esta variante indivíduos com intolerância à lactose. – A proteína Whey isolada apresenta um grau de pureza superior e uma concentração de proteína de cerca de 90%. Contém um teor muito residual de lactose e, como tal, é uma boa alternativa para quem apresenta intolerância a este açúcar. – A proteína Whey hidrolisada passa por um processo de ultrafiltração e é sujeita a um tratamento térmico ou enzimático no sentido de quebrar as proteínas em unidades mais simples, permitindo uma melhor e mais rápida absorção. Previsivelmente, constitui o tipo de proteína mais caro. Podemos encontrar qualquer uma destas proteínas numa versão mais natural sem aromas ou outros aditivos, ou podemos encontrar com aromas e adoçantes adicionados. Os mais comuns de encontrar serão chocolate, morango e baunilha. Dependendo do objetivo pode justificar-se uma proteína mais filtrada (hidrolisada) ou não. Não podemos alegar que para todos os casos se justifica uma hidrolisada porque não é verdade. Qualquer uma destas versões de proteína pode adequar-se para situação de hipertrofia (ganho de massa muscular), mas não só. Pode também ajudar a atenuar/bloquear a perda de massa muscular num processo de perda de peso, pode simplesmente contribuir para fazer um reforço da sua proteína alimentar e por isso mesmo não tem que ser usado da forma convencional – batidos de pó com água. Pode fazer panquecas ou papas de aveia com proteína, pode fazer batidos de fruta e proteína, pode preparar muffins, bolachas e uma série de outras opções que um nutricionista lhe pode ajudar a produzir com todo o sabor e densidade nutricional!